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Dólar sobe ante real com cautela no exterior

No fechamento, a moeda norte-americana subiu 0,45 por cento, para 1,7623 real na venda

Potências ocidentais acusam a China de desvalorizar o yuan para aumentar as reservas cambiais em dólares
 (AFP)

Potências ocidentais acusam a China de desvalorizar o yuan para aumentar as reservas cambiais em dólares (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 17h23.

São Paulo - O mau humor internacional ditou a alta do dólar ante o real nesta terça-feira, num dia volátil em que o mercado seguiu repercutindo as incertezas com a crise de dívida na zona do euro.

No fechamento, a moeda norte-americana subiu 0,45 por cento, para 1,7623 real na venda. Ao longo do dia, a cotação variou entre queda de 1,05 por cento (1,7359 real na venda) e valorização de 0,88 por cento (1,7698 real).

As operações locais acompanharam o movimento externo do dólar, que se apreciava 0,12 por cento contra uma cesta de divisas. O euro operava em leve queda, em torno de 1,3922 dólar.

"O mercado está muito sensível ao que vier lá de fora", afirmou o consultor financeiro da Previbank DTVM Jorge Lima, referindo-se às incertezas sobre uma resolução definitiva para a crise de dívida na zona do euro, que sofreu um agravamento nos últimos meses.


A queda do dólar no início do dia foi zerada após a informação de que uma reunião entre ministros de Finanças do bloco monetário europeu, que ocorreria na quarta-feira, havia sido cancelada.

A notícia elevou ainda mais as dúvidas dos agentes sobre uma saída efetiva para a crise de dívida na véspera de uma outra reunião, entre líderes da região, para debater meios de fortalecer o fundo de resgate da região e de recapitalizar bancos.

Do lado doméstico, números divulgados pelo Banco Central (BC) mostraram uma melhora no fluxo de dólares ao país na semana passada, com entradas líquidas de 464 milhões de dólares no período. Em outubro até dia 21, o superávit cambial soma 3,867 bilhões de dólares.

O BC informou ainda que os bancos aumentaram sua posição comprada em dólares, em que as instituições ganham com a valorização da moeda norte-americana. Na sexta-feira passada, eles tinham posição comprada de 4,833 bilhões de dólares no mercado à vista. No final de setembro, as instituições detinham 1,296 bilhão de dólares nessa posição.

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