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Dólar sobe e volta acima de R$3,50 com nova atuação do BC

Às 9h07, o dólar avançava 1,15%, a 3,5317 reais na venda, após recuar 0,36% na sessão passada


	Dólares: às 9h07, o dólar avançava 1,15%, a 3,5317 reais na venda, após recuar 0,36% na sessão passada
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólares: às 9h07, o dólar avançava 1,15%, a 3,5317 reais na venda, após recuar 0,36% na sessão passada (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 11h27.

São Paulo - O dólar avançava cerca de 1,5% e girava em torno de 3,55 reais nesta quarta-feira após o Banco Central vender a oferta total de até 20 mil swaps reversos em leilão depois de três dias ausente do mercado.

A alta da moeda norte-americana também refletia as crescentes expectativas de altas de juros nos Estados Unidos. O Federal Reserve, banco central do país, divulgará a ata de sua última reunião às 15:00 (horário de Brasília).

Às 10h28, o dólar avançava 1,38%, a 3,5396 reais na venda, após recuar a 3,4915 reais na sessão passada.

A moeda norte-americana atingiu 3,5565 reais na máxima desta sessão e o dólar futuro subia 1,25%.

"O BC está aproveitando para reduzir o passivo quando o câmbio vai abaixo de 3,50 reais", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, que espera que a moeda norte-americana gire entre 3,45 e 3,55 reais no curto prazo.

"Há também a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos, que ganha proeminência em dia de ata do Fed", acrescentou.

O BC não fazia leilão de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, desde 12 de maio, quando o dólar fechou a 3,4727 reais. A divisa fechou acima de 3,50 reais nas duas sessões seguintes, mas voltou abaixo desse patamar na terça-feira.

Cotações mais fracas tendem a prejudicar a atividade de exportadores ao encarecer produtos brasileiros, atrapalhando a performance da balança comercial em um momento de crise econômica. Por outro lado, o dólar forte pode pesar sobre a inflação local.

A moeda norte-americana avançou mais de 1% frente ao real desde o início desta sessão, ampliando os ganhos após o BC vender a oferta integral no leilão de swap reverso. Todos os contratos vendidos vencem em 1º de setembro de 2016.

O movimento do câmbio no Brasil também era influenciado pela perspectiva de que altas de juros nos EUA atraiam para a maior economia do mundo capitais atualmente aplicados no mercado local.

Dados fortes sobre a inflação e a economia dos EUA, assim como declarações de autoridades do Fed, alimentaram apostas em alta de juros neste ano. Investidores buscarão na ata do Fed mais pistas sobre essa trajetória.

"A ata do Fed provavelmente reforçará clara intenção de normalizar a política monetária", escreveu a equipe de estratégia do banco Scotiabank em nota a clientes.

No cenário local, operadores também adotavam cautela enquanto aguardavam anúncio de medidas econômicas concretas pelo governo do presidente interino Michel Temer.

O mercado reagiu bem à indicação da equipe econômica, incluindo o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn.

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