Dólar sobe 1% ante real e volta a R$2, com cena externa
Variação positiva foi a maior em quase quatro meses
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 18h18.
São Paulo - O dólar fechou com alta pouco superior a 1 % ante o real nesta quinta-feira, maior variação positiva em quase quatro meses, levando a divisa a voltar ao patamar de 2 reais, pressionada pelo cenário internacional conturbado e aumentando as expectativas de intervenção do Banco Central.
A moeda norte-americana teve alta de 1,03 %, a 2,0110 real na venda, maior avanço diário desde 30 de novembro, quando o dólar subiu 1,61 % frente ao real. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,5 bilhões de dólares.
"É só ver o clima todo lá fora", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "Se essa história do Chipre gerar contágio, teríamos uma pressão aqui no Brasil, investidores começariam a vender na bolsa ou a desarmar algumas operações".
O Banco Central Europeu (BCE) informou nesta quinta-feira que o Chipre tem até a próxima segunda-feira para elaborar um plano para assegurar o resgate de 10 bilhões de euros da União Europeia.
A notícia derrubou o ânimo nos mercados globais, que foram golpeados também após dados mostrarem maior contração na zona do euro neste mês. As bolsas norte-americanas encerraram em baixa sob o peso do sentimento negativo, enquanto o euro registrava queda de 0,30 por cento frente ao dólar às 17h53, no horário de Brasília.
A renovada aversão ao risco entre os investidores levou o dólar a disparar frente ao real, fechando acima do nível de 2 reais pela primeira vez desde 28 de janeiro, e alimentando expectativas de que o BC possa intervir para puxar para baixo as cotações da moeda norte-americana.
"O mercado vai ficar com um olho no peixe e outro no gato, agora que estamos acima de 2 reais", disse o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado, para quem, por outro lado, o BC pode até mesmo não atuar neste momento porque entradas de dólares podem ocorrer.
A última vez que o BC entrou no mercado para segurar altas no dólar foi no final de janeiro, justamente quando a divisa estava um pouco acima de 2 reais.
Boa parte do mercado acredita que o BC definiu uma banda informal para o dólar entre os patamares de 1,95 e 2 reais com o objetivo de conter pressões inflacionárias e baratear importações de bens de capital.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que o real está atualmente num patamar mais adequado para a indústria.
Alguns analistas afirmaram que a moeda norte-americana não deve continuar testando patamares mais fortes, uma vez que os avanços registrados recentemente pela moeda norte-americana devem atrair exportadores, alimentando o fluxo de entrada de divisas estrangeiras no país e pressionando para baixo as cotações.
"Com o dólar acima de 2 reais, se o mercado conseguir manter nesse nível, atrai exportador, e o fluxo pode mudar um pouco", acrescentou Amado.
São Paulo - O dólar fechou com alta pouco superior a 1 % ante o real nesta quinta-feira, maior variação positiva em quase quatro meses, levando a divisa a voltar ao patamar de 2 reais, pressionada pelo cenário internacional conturbado e aumentando as expectativas de intervenção do Banco Central.
A moeda norte-americana teve alta de 1,03 %, a 2,0110 real na venda, maior avanço diário desde 30 de novembro, quando o dólar subiu 1,61 % frente ao real. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,5 bilhões de dólares.
"É só ver o clima todo lá fora", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "Se essa história do Chipre gerar contágio, teríamos uma pressão aqui no Brasil, investidores começariam a vender na bolsa ou a desarmar algumas operações".
O Banco Central Europeu (BCE) informou nesta quinta-feira que o Chipre tem até a próxima segunda-feira para elaborar um plano para assegurar o resgate de 10 bilhões de euros da União Europeia.
A notícia derrubou o ânimo nos mercados globais, que foram golpeados também após dados mostrarem maior contração na zona do euro neste mês. As bolsas norte-americanas encerraram em baixa sob o peso do sentimento negativo, enquanto o euro registrava queda de 0,30 por cento frente ao dólar às 17h53, no horário de Brasília.
A renovada aversão ao risco entre os investidores levou o dólar a disparar frente ao real, fechando acima do nível de 2 reais pela primeira vez desde 28 de janeiro, e alimentando expectativas de que o BC possa intervir para puxar para baixo as cotações da moeda norte-americana.
"O mercado vai ficar com um olho no peixe e outro no gato, agora que estamos acima de 2 reais", disse o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado, para quem, por outro lado, o BC pode até mesmo não atuar neste momento porque entradas de dólares podem ocorrer.
A última vez que o BC entrou no mercado para segurar altas no dólar foi no final de janeiro, justamente quando a divisa estava um pouco acima de 2 reais.
Boa parte do mercado acredita que o BC definiu uma banda informal para o dólar entre os patamares de 1,95 e 2 reais com o objetivo de conter pressões inflacionárias e baratear importações de bens de capital.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que o real está atualmente num patamar mais adequado para a indústria.
Alguns analistas afirmaram que a moeda norte-americana não deve continuar testando patamares mais fortes, uma vez que os avanços registrados recentemente pela moeda norte-americana devem atrair exportadores, alimentando o fluxo de entrada de divisas estrangeiras no país e pressionando para baixo as cotações.
"Com o dólar acima de 2 reais, se o mercado conseguir manter nesse nível, atrai exportador, e o fluxo pode mudar um pouco", acrescentou Amado.