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Dólar sobe 1,24% com elevação do risco político

O dólar, que já subia desde cedo, chegou a ser cotado acima dos R$ 3,20 no balcão, para depois encerrar nos R$ 3,1920, em alta de 1,24%


	Dólar: o giro no mercado à vista de câmbio, perto das 16h30, somava US$ 1,360 bilhão. Na cotação mínima do dia, vista às 9h25, a moeda marcou R$ 3,1580 (+0,16%).
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Dólar: o giro no mercado à vista de câmbio, perto das 16h30, somava US$ 1,360 bilhão. Na cotação mínima do dia, vista às 9h25, a moeda marcou R$ 3,1580 (+0,16%). (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2015 às 17h23.

São Paulo - A ampliação do risco político nesta sexta-feira, 17, após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), romper oficialmente com o Planalto, atingiu em cheio os mercados financeiros.

O dólar, que já subia desde cedo, chegou a ser cotado acima dos R$ 3,20 no balcão, para depois encerrar nos R$ 3,1920, em alta de 1,24%.

O giro no mercado à vista de câmbio, perto das 16h30, somava US$ 1,360 bilhão. Na cotação mínima do dia, vista às 9h25, a moeda marcou R$ 3,1580 (+0,16%).

Naquele momento, a moeda reagia ao mal-estar com a denúncia de que Cunha teria recebido US$ 5 milhões de propina. Além disso, o viés para o dólar no exterior também era de alta.

Só que as cotações aceleraram, em especial no fim da manhã, após Cunha iniciar o contra-ataque em Brasília. O deputado anunciou o rompimento com o governo e defendeu que o PMDB, seu partido, também faça isso.

A leitura de que a crise política dificulta a aprovação de medidas fiscais no Congresso, em um momento de ajuste da economia, fez os investidores buscarem a segurança do dólar.

Em função disso, a moeda americana marcou a máxima de R$ 3,2030 (+1,59%) no balcão às 11h42. Durante a tarde, houve certa acomodação, mas ainda assim o dólar terminou em alta consistente, mais acelerado do que sugeria o cenário externo.

Lá fora, as declarações mais recentes da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen, e os números positivos divulgados pela manhã nos EUA definiram o viés de alta para o divisa norte-americana ante várias moedas.

A visão é de que o Fed terá espaço para elevar juros ainda este ano.

Assim, perto das 16h30, o dólar subia 0,44% ante o dólar australiano, avançava 0,23% ante o canadense, tinha ganho de 0,38% ante o peso chileno e ganhava 0,51% ante o peso mexicano.

Porém, caía 0,17% ante o dólar neozelandês. No mercado futuro brasileiro, que funciona até as 18h, o dólar para agosto subia 0,99%, a R$ 3,2075.

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