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Dólar sobe 0,50% e fecha cotado a R$ 3,039

O recuo do dólar começou a perder força após a cotação cruzar a linha dos R$ 3 e da divulgação dos dados do fluxo cambial


	O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 3,039, oscilando da mínima de R$ 2,982 (-1,39%) à máxima de R$ 3,0420 (+0,60%)
 (Jo Yong hak/Reuters)

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 3,039, oscilando da mínima de R$ 2,982 (-1,39%) à máxima de R$ 3,0420 (+0,60%) (Jo Yong hak/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 17h53.

São Paulo - Na contramão da tendência externa, o dólar fechou em alta ante o real, em um movimento consolidado a partir do meio da tarde, quando passou a renovar as máximas da sessão.

Em meio à agenda fraca e à ausência de notícias de impacto, os investidores optaram por reduzir sua exposição à moeda brasileira diante da avaliação de que os fundamentos não autorizam otimismo de curto prazo sobre a economia doméstica, reforçada pelos dados negativos do fluxo cambial da primeira semana de maio.

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 3,039, oscilando da mínima de R$ 2,982 (-1,39%) à máxima de R$ 3,0420 (+0,60%). O volume, perto das 16h30, era de US$ 739 milhões. O dólar para junho era negociado em R$ 3,054 (+0,43%).

A moeda começou o dia em baixa ante o real, alinhada ao movimento externo, sustentado pela alta de 0,4% do PIB da zona do euro no primeiro trimestre, na margem, que deu força ao euro, e pelos dados das vendas do varejo Estados Unidos, que ficaram estáveis em abril, abaixo das estimativas de alta de 0,2%.

No final da manhã, no entanto, o recuo do dólar começou a perder força após a cotação cruzar a linha dos R$ 3 e da divulgação dos dados do fluxo cambial.

Após um fluxo positivo surpreendente de US$ 13,1 bilhões em abril, as saídas de recursos superaram as entradas em US$ 2,558 bilhões de 4 a 8 de maio, segundo o Banco Central,  puxadas pelas operações financeiras, que tiveram envios de US$ 3,192 bilhões, já descontados os ingressos. No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 634 milhões.

Os números levaram à percepção de que o mercado brasileiro pode não ser tão atrativo ao capital estrangeiro como se imaginava na semana passada, quando o dólar cravou uma sequência de quatro quedas. Dessa maneira, à tarde, mesmo com a continuidade do sinal negativo do exterior, o dólar seguiu em alta ante o real.

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