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Dólar segue exterior e cai para R$ 3,95

Tendência da moeda acompanhou outros mercados da América Latina, mas sentimento de otimismo ainda é frágil


	Dólar: moeda fechou em queda de 0,17%, a R$ 3,95, acompanhando tendências do mercado internacional
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: moeda fechou em queda de 0,17%, a R$ 3,95, acompanhando tendências do mercado internacional (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 17h34.

SÃO PAULO - O dólar fechou com leve queda sobre o real nesta quinta-feira, acompanhando outras moedas da América Latina em uma trégua na aversão a risco recente, mas o sentimento continuou frágil diante da volatilidade nos preços do petróleo e incertezas sobre a China.

O dólar recuou 0,17 por cento, a 3,9500 reais na venda, após atingir 3,9207 reais na mínima da sessão e 3,9540 reais na máxima. A divisa norte-americana também recuava frente a moedas como os pesos chileno, mexicano e colombiano.

"O mercado de câmbio está inusitadamente calmo... mas o sentimento continua frágil", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman em nota a clientes.

A tranquilidade no mercado de câmbio perdurou neste pregão mesmo diante da queda dos preços do petróleo vista pela manhã. À tarde, a commodity voltou a subir, dando mais suporte para a recuperação do humor global. "O petróleo continua volátil, mas não está caindo de forma tão consistente. Isso é algo positivo para o mercado, ainda mais depois daquele terror no início de ano", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao tombo do preço do óleo às mínimas em 12 anos.

Operadores ressaltaram, porém, que a trégua pode não se sustentar, especialmente levando em conta sinais de fraqueza da economia chinesa e o cenário brasileiro político e econômico conturbado. Nesta sessão, as ações chinesas despencaram mais de 6 por cento.

No cenário local, a volatilidade pode ganhar força também por causa da proximidade do fim do mês, com operadores disputando para influenciar a Ptax de fevereiro. A taxa, que serve de referência para diversos contratos cambiais, é calculada pelo Banco Central no último pregão do mês.

"Com o movimento de formação da Ptax no fim do mês, (operações pequenas) acabam empurrando bêbado ladeira abaixo", disse o especialista em câmbio da corretora Icap Ítalo Abucater.

Ele disse acreditar que têm predominado as vendas de dólares na disputa pela Ptax, sustentando o real. A moeda norte-americana deve voltar a subir no início do mês que vem, acrescentou.

Nesta manhã, o BC promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 9,276 bilhões de dólares, ou cerca de 92 por cento do lote total, que equivale a 10,118 bilhões de dólares.

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