Mercados

Dólar passa a cair com anúncio de leilão por BC após superar R$4,38

Às 10:40, o dólar recuava 0,22%, a 4,3410 reais na venda

Dólar: moeda americana abrem alta nesta quinta (13) (Thomas Trutschel/Getty Images)

Dólar: moeda americana abrem alta nesta quinta (13) (Thomas Trutschel/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 09h17.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às 10h44.

São Paulo —  Depois de operar em alta no início da sessão e chegar a renovar sua máxima recorde intradia acima de 4,38 reais, o dólar passava a recuar marginalmente contra o real após o Banco Central anunciar leilão extraordinário para esta quinta feira.

A autarquia vendeu nesta quinta-feira todos os contratos de swap tradicional da oferta de até 20 mil, com vencimentos em agosto, outubro e dezembro de 2020, num leilão que se seguiu à disparada do dólar à máxima histórica de 4,3840 reais.

"Claramente foi o leilão de swap anunciado pra hoje que gerou esse movimento, mesmo que temporariamente, mas não está claro se essa queda vai permanecer", disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.

"Se o BC percebe disfuncionalidade de mercado ele atua, e se o dólar continuar em trajetória excessiva o Banco Central vai continuar atuando", completou.

Às 10:40, o dólar recuava 0,22%, a 4,3410 reais na venda, depois de abrir em alta acentuada devido a temores sobre o surto de coronavírus e a comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o câmbio.

Guedes, em evento em Brasília, reforçou na quarta-feira que o Brasil mudou seu modelo, abandonando o de "juro na lua e câmbio baixo, desindustrializando o Brasil", na linha de comentários recentes sobre o dólar mais alto ser um novo normal.

No cenário internacional, autoridades de saúde de Hubei, epicentro do surto de novo vírus na China, disseram que 242 pessoas morreram por causa da doença na quarta-feira, o crescimento mais acentuado na contagem diária.

Roberto Cardassi, CEO da BlueBenx, citou o surto como um dos fatores para o rali recente do dólar a máximas recordes, alertando que "se a crise do coronavírus se alastrar, pode gerar situação de risco para parceiros comerciais da China, como o Brasil".

No exterior, em meio à cautela generalizada, o dólar ganhava contra boa parte das divisas arriscadas, como peso mexicano, lira turca, rand sul-africano, dólar australiano e iuan chinês. O índice da divisa dos EUA contra uma cesta de moedas rondava a estabilidade.

O Banco Central ofertará ainda nesta quinta-feira até 13 mil contratos de swap tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, entre 11h30 e 11h40, para rolagem de contratos já existentes.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarPaulo Guedes

Mais de Mercados

Ibovespa recua com piora das previsões para economia; dólar volta a acelerar

Airbnb lida com regulamentações de aluguel para expandir operação em diversos continentes

Shutdown evitado nos EUA, pronunciamento de Lula e Focus: o que move o mercado

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal