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Dólar recua repercutindo decisão do Copom e exterior

Às 10:31, o dólar recuava 0,52%, a 3,8302 reais na venda; na quarta-feira, a moeda caiu 0,25%, a 3,8501 reais, menor patamar em mais de dois meses

Macro full frame American one dollar bill (Adrienne Bresnahan/Getty Images)

Macro full frame American one dollar bill (Adrienne Bresnahan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2019 às 09h14.

Última atualização em 21 de junho de 2019 às 12h21.

O dólar caía ante o real nesta sexta-feira, com volume reduzido em função do feriado de Corpus Christi na véspera, beneficiado pela decisão do Federal Reserve de quarta-feira, mas monitorando aversão ao risco no exterior.

Às 10:31, o dólar recuava 0,52%, a 3,8302 reais na venda

Na quarta-feira, o dólar caiu 0,25%, a 3,8501 reais, menor patamar em mais de dois meses.

Neste pregão, o dólar futuro tinha variação negativa de cerca de 0,2%.

Em dia marcado por volume reduzido na ponte entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana, agentes financeiros voltavam atenções para o exterior, onde há elevada aversão a risco após escalada nas tensões entre Estados Unidos e Irã.

O New York Times reportou que o presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou ações militares contra a República Islâmica em retaliação pela derrubada de um drone de monitoramento, mas depois voltou atrás.

O real, no entanto, valorizava-se frente ao dólar ainda em movimentos de ajuste após o mercado local ter ficado fechado na véspera, em reação à decisão do Fed na quarta-feira, quando o banco central dos EUA mostrou postura mais dovish.

"O que justifica o dólar aqui não ter valorizado mais é que ele ainda está precificando o dia de ontem... que aqui ficou inoperante e lá fora o dólar caiu, ainda influenciado pelas decisões de política monetária dos EUA", afirmou o analista de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva Filho.

Agentes financeiros também reverberam decisão do Banco Central local, na quarta-feira após o fechamento do mercado. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros no piso histórico de 6,50% ao ano pela décima reunião consecutiva, e, segundo economistas, a sinalização é de que cortes de juros só ocorrerão após a aprovação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados, o que de acordo com algumas estimativas mais otimistas pode acontecer em julho.

Sobre a reforma da Previdência, a expectativa é que a votação ocorra logo após o encerramento das discussões na comissão especial, conforme disse o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), na quarta-feira.

O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares. (Por Laís Martins; edição de Aluísio Alves)

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