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Dólar reduz queda atento a Previdência e exterior

Às 12h43, o dólar à vista recuava 0,20 por cento, a 3,8684 reais na venda

Câmbio: dólar operava em leve queda nesta terça-feira (Adrienne Bresnahan/Getty Images)

Câmbio: dólar operava em leve queda nesta terça-feira (Adrienne Bresnahan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de abril de 2019 às 09h11.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 13h12.

São Paulo — O dólar operava em leve queda nesta terça-feira, depois de no fim da manhã ter chegado a zerar a baixa, com investidores acompanhando um dia de intenso fluxo de notícias de autoridades sobre a reforma previdenciária, enquanto monitoram um dia de força da moeda norte-americana no exterior.

Às 12h43, o dólar à vista recuava 0,20 por cento, a 3,8684 reais na venda. Na mínima desta sessão, caiu 0,76 por cento e foi a 3,8787 reais na máxima (+0,06 por cento).

Na B3, a referência do dólar futuro tinha alta de 0,43 por cento, a 3,8755 reais.

Na véspera, o dólar recuou 1 por cento, refletindo o bom humor nos mercados internacionais.

No plano interno, agentes financeiros acompanham notícias sobre os esforços do governo para convencer parlamentares a aprovar a reforma das aposentadorias. O presidente Jair Bolsonaro terá uma série de encontros com parlamentares nesta semana com o objetivo de acelerar a tramitação da reforma da Previdência.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão; o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho; e o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), também falaram sobre a Previdência. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem uma série de reuniões nesta terça-feira para tratar da reforma, antes de, na quarta-feira, comparecer à CCJ para defender a aprovação do texto.

Mas analistas destacam que o mercado de câmbio no Brasil segue bastante influenciado pelos eventos externos. Mais recentemente, uma série de moedas emergentes sofreu com o aumento da aversão a risco, diante dos receios de enfraquecimento adicional da economia global.

Em estudo, o Goldman Sachs coloca o real entre as moedas mais afetadas pelos ruídos externos, junto com as divisas da África do Sul, Turquia, México e Rússia.

Segundo o banco privado, o retorno ajustado pela volatilidade para o real --medida de atratividade da moeda-- está atrás do de vários pares emergentes, o que deixa a taxa de câmbio do Brasil em condição mais sensível às intempéries externas.

Nesta terça-feira, o Banco Central tornou a vender todo o lote de 5.350 contratos de swap cambial tradicional em leilão de rolagem do vencimento maio. A colocação dos swaps tradicionais equivale à injeção de liquidez no mercado futuro de câmbio.

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