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Dólar opera em queda após Fed dizer que será "paciente" com juros

Às 12:07, o dólar operava estável, a 3,7090 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,58 por cento, a 3,7091 reais

Dólar: na mínima, a moeda foi a 3,6916 reais e, na máxima, a 3,7241 reais (Crédito da foto: Pavlo Conchar/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Dólar: na mínima, a moeda foi a 3,6916 reais e, na máxima, a 3,7241 reais (Crédito da foto: Pavlo Conchar/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 09h30.

Última atualização em 11 de janeiro de 2019 às 12h53.

São Paulo - O dólar registrava leves oscilações ante o real nesta sexta-feira, monitorando a trajetória da divisa norte-americana no exterior um dia depois de o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterar que o banco central dos Estados Unidos será paciente em suas decisões sobre a trajetória de aumento de juros no país.

Às 12:07, o dólar operava estável, a 3,7090 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,58 por cento, a 3,7091 reais. Na mínima, a moeda foi a 3,6916 reais e, na máxima, a 3,7241 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,10 por cento.

"O aumento gradual de juros nos Estados Unidos pode ser interrompido a qualquer momento", destacou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, ao destacar o efeito positivo da comunicação recente do banco central norte-americano.

Na véspera, Powell mais uma vez indicou que o Fed terá paciência em relação à política monetária ao dizer que não existe plano para a trajetória futura do aumento de juros.

Segundo ele, a perspectiva de duas altas de juros indicada no encontro de política monetária de dezembro estava condicionada a uma perspectiva muito forte para 2019. Powell ponderou, no entanto, que "essa perspectiva ainda pode acontecer", embora o Fed não tenha um caminho preestabelecido para as taxas.

As expectativas positivas com as negociações entre EUA e China também ajudavam a busca pelo risco no mercado global nesta sessão. Autoridades norte-americanas esperam que o principal negociador comercial da China visite Washington neste mês, sinalizando que discussões de alto nível devem acontecer após as conversas desta semana entre autoridades de nível intermediário em Pequim.

O dólar operava em queda ante a cesta de moedas e exibia baixas tímidas ante divisas de emergentes, como o peso chileno.

Internamente, os investidores também digeriam o noticiário sobre as negociações do governo para suas propostas de ajuste fiscal.

"Estamos tendo uma precificação positiva do provável ajuste fiscal", destacou Bergallo, para quem as notícias de uma possível proposta de reforma da Previdência mais dura tem agradado.

"Mas o dólar pode ir até 3,60 reais, no máximo, até fevereiro. Além, só quando a matéria estiver pautada no Congresso", avaliou, ao citar como positivo ainda o aval do governo para o acordo Embraer-Boeing, já que mostra seu viés liberal.

O governo decidiu não exercer seu poder de veto, abrindo caminho para a aliança de 5,3 bilhões de dólares da Embraer com a Boeing.

A moeda norte-americana, no entanto, tinha uma pressão de alta ainda por conta de um forte fluxo de saída que já içou a moeda na véspera.

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,360 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

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