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Dólar recua após Trump suavizar tom contra China e ouro bate novo recorde; bolsas sobem

Após ameaça de tarifa de 100%, presidente dos EUA suaviza tom e investidores retomam apetite por risco

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 06h03.

A retomada dos mercados globais nesta segunda-feira, 13, refletiu a suavização do discurso do presidente Donald Trump sobre novas tarifas contra a China, após uma sexta-feira marcada por forte aversão ao risco.

Trump havia anunciado uma tarifa de 100% sobre produtos chineses, provocando queda nos mercados de ações e criptomoedas.

Mas, no domingo, em postagem na Truth Social, o presidente declarou: “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem”, em referência ao presidente Xi Jinping, sinalizando possível abertura para negociações.

O índice S&P 500 futuro subiu 1,4%, após o pior desempenho desde abril. O Nasdaq 100 avançou até 2,3%. Já o ouro, ativo de proteção preferido em tempos de incerteza, alcançou o recorde de US$ 4.070 por onça.

As bolsas europeias também reagiram positivamente: o índice Stoxx Europe 600 subia 0,4% em Londres, com os investidores acompanhando a nova formação do gabinete francês.

Em paralelo, o iene japonês recuou após a saída do partido Komeito da coalizão governista, o que fragiliza a nova liderança de Sanae Takaichi.

Tensões entre potências

O dólar manteve-se sob pressão, com o índice DXY em queda de 0,1%, cotado a 98,908 pontos. O euro recuava 0,3%, a US$ 1,1582, enquanto o iene era negociado a 152,40 por dólar, em baixa de 0,8%.

As criptomoedas apresentaram volatilidade. O bitcoin operava em leve alta de 0,3%, cotado a US$ 115.422, e o ether subia 1,1%, negociado a US$ 4.184,70. Na sexta-feira, ambos registraram perdas expressivas.

No mercado de energia, o petróleo Brent avançava 1,3%, cotado a US$ 63,56 o barril, refletindo maior otimismo com a demanda global. A prata também disparou, impulsionada por um short squeeze histórico na bolsa de Londres.

Impactos geopolíticos e corporativos

No cenário político, a França manteve Roland Lescure no Ministério da Fazenda, numa tentativa do presidente Emmanuel Macron de conter a instabilidade interna.

No Japão, a saída do partido aliado da coalizão governista impactou diretamente as chances da primeira premiê mulher do país.

Nos EUA, a liquidez pode ser reduzida devido ao feriado de Columbus Day, com o fechamento de parte dos serviços públicos, embora as bolsas sigam operando.

No noticiário corporativo, a Lloyds Banking anunciou provisão extra de £800 milhões para compensar clientes lesados em empréstimos automotivos. A chinesa China Vanke sofreu nova baixa com a renúncia de seu recém-nomeado presidente.

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