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Dólar recua após BC voltar a atuar no câmbio

Às 13:03, o dólar recuava 0,16%, a 3,7382 reais na venda, depois de bater em 3,7064 reais na mínima da sessão, com queda de 1%

Cenário: na véspera, o mercado internacional viveu movimento de aversão ao risco diante do recrudescimento das tensões comerciais entre EUA e China (Ricardo Moraes/Reuters)

Cenário: na véspera, o mercado internacional viveu movimento de aversão ao risco diante do recrudescimento das tensões comerciais entre EUA e China (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de junho de 2018 às 13h13.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 13h16.

São Paulo - O dólar voltava a operar com leve baixa ante o real nesta quarta-feira, com o Banco Central atuando novamente depois que o mercado começou um movimento de correção após a moeda norte-americana ter chegado a cair ao patamar de 3,70 reais mais cedo com maior alívio dos investidores com a cena política local.

Às 13:03, o dólar recuava 0,16 por cento, a 3,7382 reais na venda, depois de bater em 3,7064 reais na mínima da sessão, com queda de 1 por cento. Na máxima, foi a 3,7572 reais. O dólar futuro caía cerca de 0,35 por cento.

"Houve alguma realização depois de a moeda (norte-americana) ter ido a 3,70 reais", afirmou o profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional ao destacar a atuação de importadores.

Assim, o BC voltou a atuar no mercado, depois de ter ficado de fora na véspera, ao anunciar e vender integralmente a oferta de até 20 mil novos swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares.

Esse foi o segundo leilão dessa semana com novos contratos, período em que o BC informou que injetaria o equivalente a 10 bilhões de dólares em swaps. Até agora, foram 2 bilhões dedólares.

A autoridade também já havia vendido a oferta integral de até 8.800 swaps para rolar os contratos que vencem em julho. Já rolou 6,160 bilhões de dólares do total de 8,762 bilhões dedólares e, se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, fará rolagem integral.

Mais cedo, o dólar foi negociada em queda diante de algum alívio com a cena política local. Levantamento do Instituto Paraná feito apenas no estado de São Paulo mostrou que o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) seguia liderando, com 21,4 e 21,6 por cento das intenções de votos em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 18,4 e 19,1 por cento nos mesmos cenários sem o petista.

Em pesquisa realizada em fevereiro passado pelo mesmo instituto, também ouvindo apenas eleitores paulistas, Bolsonaro tinha 23,4 e 23,5 por cento nesses cenários, com Alckmin com 22,1 e 23,2 por cento.

O mercado doméstico piorou nas últimas semanas após pesquisas eleitorais mostraram dificuldade dos candidatos que os investidores consideram como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial.

Também pesou a greve dos caminhoneiros, em maio, que alimentou as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil, com a redução do preço do diesel gerando impacto bilionário sobre as contas do governo.

O recuo do dólar ante o real também foi influenciado pelo cenário externo, onde os mercados cambiais davam um respiro depois que a China sinalizou tolerância a uma moeda mais forte ao fixar um ponto médio diário mais forte do que o esperado. O dólar tinha leves variações ante uma cesta de moedas e recuava frente a algumas divisas de países emergentes.

Na véspera, o mercado internacional viveu movimento de aversão ao risco diante do recrudescimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China após nova ameaça de mais tarifas comerciais pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e retaliação de Pequim.

 

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