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Dólar recua acompanhando EUA e reforma da Previdência

Às 12:01, o dólar recuava 0,97 por cento, a 3,7264 reais na venda, após fechar na véspera com avanço de 0,77 por cento, a 3,7629 reais

Câmbio: dólar caía cerca de 1 por cento ante o real no pregão desta terça-feira (Agrobacter/Getty Images)

Câmbio: dólar caía cerca de 1 por cento ante o real no pregão desta terça-feira (Agrobacter/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 09h24.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 12h07.

São Paulo - O dólar caía cerca de 1 por cento ante o real no pregão desta terça-feira, com bom humor após parlamentares dos Estados Unidos selarem um acordo preliminar para evitar nova paralisação do governo e expectativas sobre as negociações comerciais entre EUA e China, além de possíveis avanços na reforma da Previdência.

Às 12:01, o dólar recuava 0,97 por cento, a 3,7264 reais na venda, após fechar na véspera com avanço de 0,77 por cento, a 3,7629 reais. Na mínima, a moeda tocou 3,7159 reais e na máxima, alcançou 3,7482 reais.

O dólar futuro operava em queda de cerca de 0,9 por cento.

Com bom humor e otimismo no exterior, investidores se voltam para ativos de risco e abandonam ativos considerados "portos seguros", como a divisa norte-americana, explicou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Negociadores parlamentares dos Estados Unidos chegaram na segunda-feira a um acordo preliminar para buscar evitar outra paralisação parcial do governo no sábado, mas assessores afirmam que ele não inclui uma verba de 5,7 bilhões de dólares que o presidente Donald Trump quer para um muro na fronteira com o México.

A guerra comercial entre EUA e China também segue no radar. Nesta terça-feira, o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, desembarcaram em Pequim para negociações comerciais de alto nível.

Segundo programação anunciada anteriormente, eles se reúnem na quinta e sexta-feiras com o vice-premiê chinês, Liu He,o principal assessor econômico do presidente chinês, Xi Jinping.

"A questão de um possível acordo entre China e EUA traria um tom mais positivo, isso torna as bolsas um pouco melhores e o câmbio acaba refletindo esse otimismo", afirmou o economista da Geral Investimentos, Denilson Alencastro.

As duas maiores economias do mundo trabalham para fechar acordo antes de 1º de março, data em que está previsto um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses.

Internamente, o foco segue na agenda econômica, com o mercado observando possíveis avanços relativos à reforma da Previdência, sob expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro tenha alta do hospital nesta semana.

Na véspera, o porta-voz da Presidência afirmou que Bolsonaro não deve receber a proposta da reforma enquanto estiver no hospital. Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o presidente deve retornar a Brasília até sexta-feira, quando deve tomar as "decisões finais" sobre o texto a ser encaminhado ao Congresso.

"Precisa ter a chancela dele (presidente) para que a proposta da reforma da Previdência siga e se coloque na mesa de fato o que o governo quer", avaliou Alencastro sobre a possibilidade de o presidente ter alta.

Além da definição de Bolsonaro sobre o texto, o mercado também monitora a articulação política do governo para assegurar os votos necessários no Congresso.

O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou 4,132 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

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