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Dólar pode subir até R$ 2,60 até o final de 2014

Cenário mais pessimista prevê uma alta de 15% na cotação da moeda americana até dezembro, explica economista


	Desde abril, a divisa norte-americana tem oscilado entre 2,20 e 2,25 reais
 (Getty Images)

Desde abril, a divisa norte-americana tem oscilado entre 2,20 e 2,25 reais (Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 27 de maio de 2014 às 10h28.

São Paulo - As recentes declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o governo pode reduzir ou encerrar as intervenções diárias no câmbio a partir do segundo semestre, evidenciaram os sinais de uma tendência de alta da moeda americana.

Na segunda-feira, o dólar encerrou em alta ante o real pelo terceiro dia consecutivo, chegando a 2,23 reais.

Com o afrouxamento das intervenções do Banco Central (BC), a moeda americana pode subir ainda mais. De acordo com Sidnei Moura Nehme, diretor-presidente da NGO Corretora de Câmbio, num cenário mais pessimista, o dólar pode atingir o patamar de 2,60 reais até o final do ano.

“Apesar de o Boletim Focus manter o dólar a 2,45 reais, boa parte do mercado estima uma cotação entre 2,55 e 2,60 reais. Isso corresponderia a uma apreciação de 10% a 15%”, acrescenta Nehme. 

O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou recentemente que percebe um arrefecimento na demanda por swaps cambiais, que são a venda futura de dólares, a pouco mais de um mês do fim da atual fase de programa de leilões diários.

A declaração reforçou a percepção de que o Tombini não quer o dólar abaixo de 2,20 reais, temendo impactos adversos sobre as exportações, apesar do alívio inflacionário trazido pelo dólar barato.

Desde o início do abril, a divisa norte-americana tem oscilado entre 2,20 e 2,25 reais.

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