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Dólar tem 4ª queda consecutiva e fecha abaixo dos R$ 5,10

Novo estímulo do Federal Reserve e desaceleração do desemprego nos Estados Unidos aliviam pressão no câmbio

Dólar: na semana, moeda americana acumulou depreciação de 4,42% (Chung Sung-Jun / Equipa/Getty Images)

Dólar: na semana, moeda americana acumulou depreciação de 4,42% (Chung Sung-Jun / Equipa/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2020 às 17h13.

Última atualização em 9 de abril de 2020 às 17h55.

O dólar encerrou em queda contra o real, nesta quinta-feira, 9, pelo quarto pregão consecutivo. Embora tenha registrado alta nos primeiros negócios do dia, a moeda americana caiu para o terreno negativo, após o Federal Reserve anunciar um novo pacote de estímulo econômico de 2,3 trilhões de dólares e os dados sobre seguro desemprego nos Estados Unidos saírem inferiores aos registrados na semana anterior. 

Com maior otimismo no mundo, o dólar se desvalorizou 1% em relação ao real e encerrou cotado a 5,090 reais. Na semana, a moeda americana acumulou depreciação de 4,42%.

Nos EUA, foram registrados 6,606 milhões de pedidos de auxílio desemprego. Apesar de ter ficado mais uma vez acima da projeção de mercado, que esperava 5,25 milhões de pedidos, a quantidade ficou pouco do resultado apresentado na semana passada, que apontou 6,648 milhões de pedidos.

“Os números não são bons, mas como ficaram abaixo do anterior, acabou sendo encarado como positivo”, disse Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus. 

Com a falta de dados mais recentes, os dados semanais de pedidos de auxílio desemprego estão sendo um dos principais termômetros para o mercado avaliar os impactos da doença na economia.

Praticamente no mesmo horário da divulgação dos dados sobre desemprego, o Fed anunciou o estímulo 2,3 trilhões de dólar, que servirá como linha de crédito para governos estaduais e municipais e empresas pequenas e de médio porte com até 10.000 funcionários.

"Quanto melhor a economia americana estiver, mais fácil o mundo sai da crise. Além disso, ajuda os EUA a fazer investimentos, fazer importações. Se lá vai bem, a gente tende acompanhar", explicou Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

A moeda americana também perdeu força contra algumas das principais divisas de países emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo e a lira turca.

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