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Dólar ganha 1% ante real e volta a R$2,17, de olho no BC

O dólar acelerou a alta e voltou ao patamar de 2,17 reais, com operadores aproveitando a tendência de fortalecimento da divisa nos mercados internacionais

Às 15h53 (horário de Brasília), o dólar ganhava 1,05 %, para 2,1706 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 730 milhões de dólares (REUTERS/Sukree Sukplang)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 16h05.

São Paulo - O dólar acelerou a alta e voltou ao patamar de 2,17 reais, com operadores aproveitando a tendência de fortalecimento da divisa nos mercados internacionais para testar a tolerância do Banco Central à valorização da moeda dos Estados Unidos.

Às 15h53 (horário de Brasília), o dólar ganhava 1,05 %, para 2,1706 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 730 milhões de dólares.

O BC fez uma série de leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro-- quando o dólar tocou em 2,16 reais, levando agentes do mercado a acreditarem que o BC não quer o dólar distante de 2,15 reais.

"Essa alta é realmente um braço de ferro entre o mercado e o Banco Central. E pode ser que aconteça o BC entrar fazendo swap", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.

Antes, a leve alta era limitada pelo sentimento de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central nos Estados Unidos, que pode trazer sinais sobre o futuro do estímulo monetário no país.

"O que vai pegar é o Fed na quarta-feira, então o pessoal está em compasso de espera", resumiu o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Declarações recentes de autoridades do Fed, incluindo de seu chairman, Ben Bernanke, alimentaram expectativas de que a autoridade monetária comece a reduzir o seu programa de estímulo diante de sinais de recuperação econômica no país. Se isso ocorrer, haveria diminuição na oferta de dólares nos mercados.

Tais preocupações, aliadas a problemas domésticos, levaram a uma mudança de patamar no câmbio em maio, que viu o dólar começar o mês cotado e 2,01 reais e fechar perto de 2,15 reais, nível visto até agora.

Analistas acreditam que as medidas recentes do governo para retirar entraves à entrada de dólares --como zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em derivativos cambiais-- devem continuar tendo efeito limitado devido à tendência de apreciação do dólar no mundo e aos temores com a economia brasileira.


Por isso, as intervenções do Banco Central para segurar a alta da divisa devem continuar sobre à mesa, na avaliação dos especialistas.

"Se tiver volatilidade (no câmbio), acredito que o BC continuará entrando. Ele vai tentar identificar o motivo da alta e intervir", afirmou o operador da Renascença Corretora José Carlos Amado.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira, o presidente do BC, Alexandre Tombini, a autoridade monetária poderá usar todos os instrumentos que dispõe para combater a volatilidade no mercado cambial.

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São Paulo - O dólar acelerou a alta e voltou ao patamar de 2,17 reais, com operadores aproveitando a tendência de fortalecimento da divisa nos mercados internacionais para testar a tolerância do Banco Central à valorização da moeda dos Estados Unidos.

Às 15h53 (horário de Brasília), o dólar ganhava 1,05 %, para 2,1706 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 730 milhões de dólares.

O BC fez uma série de leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro-- quando o dólar tocou em 2,16 reais, levando agentes do mercado a acreditarem que o BC não quer o dólar distante de 2,15 reais.

"Essa alta é realmente um braço de ferro entre o mercado e o Banco Central. E pode ser que aconteça o BC entrar fazendo swap", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.

Antes, a leve alta era limitada pelo sentimento de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central nos Estados Unidos, que pode trazer sinais sobre o futuro do estímulo monetário no país.

"O que vai pegar é o Fed na quarta-feira, então o pessoal está em compasso de espera", resumiu o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Declarações recentes de autoridades do Fed, incluindo de seu chairman, Ben Bernanke, alimentaram expectativas de que a autoridade monetária comece a reduzir o seu programa de estímulo diante de sinais de recuperação econômica no país. Se isso ocorrer, haveria diminuição na oferta de dólares nos mercados.

Tais preocupações, aliadas a problemas domésticos, levaram a uma mudança de patamar no câmbio em maio, que viu o dólar começar o mês cotado e 2,01 reais e fechar perto de 2,15 reais, nível visto até agora.

Analistas acreditam que as medidas recentes do governo para retirar entraves à entrada de dólares --como zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em derivativos cambiais-- devem continuar tendo efeito limitado devido à tendência de apreciação do dólar no mundo e aos temores com a economia brasileira.


Por isso, as intervenções do Banco Central para segurar a alta da divisa devem continuar sobre à mesa, na avaliação dos especialistas.

"Se tiver volatilidade (no câmbio), acredito que o BC continuará entrando. Ele vai tentar identificar o motivo da alta e intervir", afirmou o operador da Renascença Corretora José Carlos Amado.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira, o presidente do BC, Alexandre Tombini, a autoridade monetária poderá usar todos os instrumentos que dispõe para combater a volatilidade no mercado cambial.

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