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Dólar fecha praticamente estável à espera de decisão do Fed

Moeda norte-americana recuou 0,03%, a R$ 3,7382 reais

Dólar: mercado espera que taxa de juros nos Estados Unidos não tenha alterações nesta quinta-feira (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: mercado espera que taxa de juros nos Estados Unidos não tenha alterações nesta quinta-feira (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 17h13.

Última atualização em 8 de novembro de 2018 às 17h17.

São Paulo - O dólar terminou a quinta-feira praticamente estável ante o real, à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve e de novidades sobre a equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro e a reforma da Previdência.

O dólar recuou 0,03 por cento, a 3,7382 reais na venda, depois de oscilar entre a mínima de 3,7167 reais e a máxima de 3,7647 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,15 por cento.

"A eleição de meio de mandato nos Estados Unidos foi boa para reduzir o ímpeto de o Fed subir os juros. Embora a reunião de hoje seja menos importante porque não se espera aumento das taxas, é importante porque o mercado quer saber o que o banco central vai escrever", explicou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos José Faria Júnior.

Na terça-feira, eleições parlamentares nos Estados Unidos garantiram o comando da Câmara dos Deputados ao Partido Democrata, enquanto os republicanos de Donald Trump garantiram a continuidade de seu domínio no Senado.

Dessa forma, é esperado que Trump enfrente dificuldades, por exemplo, para implementar uma nova rodada de corte de impostos, o que poderia fazer com que o Federal Reserve tivesse mais trabalho em assegurar a inflação sob controle. Por ora, o Fed prevê pelo menos 5 altas de juros até o início de 2020, com um aumento em dezembro, três em 2019 e o último no início do ano seguinte.

Essa trajetória pode ser mais suave ou, pelo menos, não ter necessidade de ser reforçada com o novo quadro político dos EUA, segundo analistas.

O dólar operava em alta ante a cesta de moedas nesta sessão e também ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca. Internamente, os investidores continuaram acompanhando o noticiário político, à espera de novidades sobre a reforma da Previdência e também sobre a formação do novo governo.

A notícia de que o governo poderá promover alterações na Previdência por meio de mudanças infraconstitucionais, ou seja, sem a necessidade do alto quórum no Congresso para emendas à Constituição, teve uma leitura positiva pelos agentes. "O (presidente Michel) Temer deveria ter feito isso há muito tempo. As medidas infraconstitucionais não dependem de maioria", avaliou Faria Júnior, para quem essa notícia juntamente com a aprovação da urgência para cessão onerosa ajudam a aliviar a pressão no dólar.

Na véspera, os Senadores aprovaram requerimento que confere regime de urgência para projeto de lei que promete viabilizar a realização de um mega leilão de áreas para a produção de petróleo do pré-sal. Por outro lado, também aprovaram reajuste de 16,38 por cento para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com impacto bilionário nas contas públicas.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 3,4 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral

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