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Dólar fecha em alta pelo segundo dia e chega a R$ 1,686

Por Silvana Rocha São Paulo - Em meio à cautela nas mesas de câmbio, o dólar fechou em alta pelo segundo dia consecutivo no mercado doméstico. O dólar comercial fechou a R$ 1,686 com alta de 0,36% no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda acumula queda de 0,35% e no ano, -3,27%. Na […]

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2010 às 14h16.

Por Silvana Rocha

São Paulo - Em meio à cautela nas mesas de câmbio, o dólar fechou em alta pelo segundo dia consecutivo no mercado doméstico. O dólar comercial fechou a R$ 1,686 com alta de 0,36% no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda acumula queda de 0,35% e no ano, -3,27%. Na BM&F, a divisa foi negociada a R$ 1,6843 em alta de 0,20. O euro comercial subiu 0,17% a R$ 2,345.

Diante de um fluxo cambial mais fraco, as cotações da divisa ficaram mais sensíveis à acentuada volatilidade do euro ante a moeda norte-americana no exterior, disse um operador. Além disso, a presença do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em uma conferência em Miami, e a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião de ministros de Finanças do G-20 em Washington deixou os profissionais de câmbio em alerta, monitorando as informações que chegam ao Brasil, especialmente sobre o debate em torno do enfraquecimento do dólar ante outras moedas.

No início da tarde, o discurso de Meirelles durante a conferência Hedge Funds Latam 2010 em Miami gerou expectativas sobre eventual sinalização de novas medidas cambiais para o País. Nesta semana, o governo elevou o IOF de 2% para 4% para o capital externo direcionado à renda fixa e autorizou o Tesouro a comprar dólares no mercado à vista para fazer frente aos vencimentos da dívida externa de até 4 anos (1.500 dias).

Contudo, o presidente do BC avaliou os motivos que estão amparando distorções nos mercados de moedas, como uma combinação de políticas dos EUA, economia europeia e câmbio fixo na China. Sobre o recentemente lançado fundo soberano do Brasil, o presidente do Banco Central disse que sua política de investimentos ainda não foi decidida. "Houve apenas uma reunião do conselho", acrescentou. Segundo ele, o BC está tomando medidas para evitar que a liquidez financeira leve a uma alavancagem excessiva na economia brasileira e para prevenir bolhas de ativos. Além de realizar dois leilões de compra de dólares por dia, o Banco central elevou sua taxa básica de juros recentemente para 10,75%. "Isso não é necessariamente o teto", disse Meirelles, sem dar qualquer indicação sobre o prazo de possíveis novos apertos.

Sem novidades de imediato na área cambial e o enfraquecimento do euro no exterior durante à tarde, o dólar à vista acabou sustentando leve ganho no encerramento, disse o gerente da mesa de derivativos da CM Capital Markets, Eduardo Barros. Segundo ele, o dólar já subia no começo da tarde e, com fala de Meirelles, a divisa fortalece-se um pouco mais com a expectativa de que o presidente do BC pudesse sinalizar alguma eventual nova medida cambial. Como o discurso da autoridade monetária ficou na análise, o dólar devolveu parte da valorização vespertina e fechou com leve alta.

Nos dois leilões de hoje, o Banco Central comprou moeda com taxas de corte de R$ 1,6782 na primeira atuação e de R$ 1,685 na segunda entrada.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em alta de 0,17% e foi negociado em média à R$ 1,81 na ponta de venda e a R$ 1,673 na compra. O euro turismo fechou com ganho de 0,69% a R$ 2,467 (venda) e R$ 2,303 (compra).

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