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Dólar fecha com leve variação após derrota do Brexit

Com expectativa por Previdência no cenário nacional, moeda subiu 0,24% a R$ 3,73

Investidores esperam anúncios mais concretos sobre Reforma da Previdência (Getty Images/Getty Images)

Investidores esperam anúncios mais concretos sobre Reforma da Previdência (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 18h31.

São Paulo - O dólar encerrou com leve variação ante o real nesta quarta-feira, com investidores aguardando definições sobre a reforma da Previdência e com o mercado internacional mostrando resiliência após a derrota da primeira-ministra britânica Theresa May em votação parlamentar do Brexit.

O dólar avançou 0,24 por cento, a 3,7342 reais na venda. O dólar futuro operava com alta de cerca de 0,3 por cento.

Conforme o esperado, o Parlamento britânico rejeitou na noite de terça-feira a proposta de Brexit negociada por May, lançando incertezas sobre como se dará a saída do Reino Unido da União Europeia.

"O mercado digere a derrota da Theresa May, no Reino Unido. Sempre há uma preocupação com relação ao Brexit, mas em geral o cenário externo está relativamente calmo", afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.

Após a rejeição do acordo, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que a maior probabilidade é que aconteça um Brexit desordenado, enquanto Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, sugeriu que o Reino Unido considere reverter totalmente o Brexit.

O Parlamento se reúne novamente nesta quarta-feira para votar um voto de desconfiança, o que está previsto para 17h, convocado pelo líder do Partido Trabalhista, de oposição, contra May.

No Brasil, investidores continuam no aguardo de anúncios mais concretos sobre a reforma da Previdência, após o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmar na terça-feira que a proposta será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro até domingo.

"No cenário interno, não há nada muito expressivo, teve ontem o Onyx falando que seria apresentado para o Bolsonaro e que ele viajaria a Davos", afirmou Serrano.

"Existe uma expectativa sim com relação à possibilidade de anúncios, mas não acho que haja uma apreensão com relação a isso", ponderou.

Segundo Onyx, Bolsonaro deve usar a viagem ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para discutir o tema, e que uma decisão deve ser tomada na volta ao Brasil.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou até esta quarta-feira 7,37 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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