Mercados

Dólar fecha com leve alta acompanhando movimento no exterior

Moeda norte-americana avançou 0,29%, a R$ 3,6728 na venda em semana com cenário internacional agitado

Dólar: Moeda chegou a R$ 3,6890 na máxima da sessão (SOPA Images/Getty Images)

Dólar: Moeda chegou a R$ 3,6890 na máxima da sessão (SOPA Images/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 17h10.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 17h18.

O dólar fechou com leve alta ante o real nesta segunda-feira, acompanhando o movimento da divisa contra outras moedas, em semana com pauta intensa no exterior.

O dólar avançou 0,29 por cento, a 3,6728 reais na venda. Na mínima da sessão, chegou a 3,6605 reais e na máxima, a 3,6890 reais.

O dólar futuro operava em alta de 0,23 por cento.

Durante a maior parte do dia, o dólar subiu com força contra uma cesta de moedas, com operadores otimistas após dados fortes sobre empregos nos Estados Unidos na sexta-feira.

No entanto, a moeda reduziu ganhos acompanhando movimento externo após a divulgação do resultado de encomendas à indústria de novembro, que apresentou ligeira queda, decepcionando investidores que projetavam uma alta no indicador.

Na terça-feira, Trump fará perante o Congresso o tradicional discurso de Estado da União, em que deve falar sobre o impasse que levou à paralisação parcial do governo dos EUA, além de dar atualizações sobre as negociações comerciais com a China.

Também seguem no radar do mercado possíveis negociações da premiê britânica, Theresa May, relativas ao Brexit e a participação do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em um evento na quarta-feira.

No lado doméstico, o mercado digeriu definições no Congresso. Como já esperado e precificado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara na sexta-feira. A surpresa ficou para o sábado, quando Davi Alcolumbre (DEM-AP) venceu a disputa pelo comando do Senado.

No geral, o nome de Alcolumbre foi bem recebido pelo mercado, que vê como positiva a proximidade dele ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de quem é aliado, para fazer avançar a agenda de reformas. Lorenzoni é o principal articulador do governo com o Congresso.

Para analista de câmbio Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora, o resultado traz um alívio ao mercado, pela alternância na presidência do Senado e pela chance de a Casa ter um comando mais alinhado ao governo.

"Há um certo contentamento, um horizonte de esperança do investidor com relação à condução e à aprovação das principais reformas nas duas Casas", disse.

Em sua primeira mensagem ao Congresso, o presidente Jair Bolsonaro defendeu que uma proposta "moderna" e "fraterna" de reforma da Previdência será responsável por um grande impulso para melhoria do ambiente econômico do país.

O Banco Central vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,033 bilhão de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

Acompanhe tudo sobre:Dólar

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame