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Dólar fecha acima de R$3,93 e Ibovespa cai 1,11%

Incertezas sobre a reforma da Previdência causaram queda na bolsa e fizeram moeda norte-americana subir 0,83%, a R$ 3,9343

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,01%, a 93.375,99 pontos (Chuanchai Pundej/EyeEm/Getty Images)

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,01%, a 93.375,99 pontos (Chuanchai Pundej/EyeEm/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2019 às 17h31.

Última atualização em 17 de abril de 2019 às 17h43.

São Paulo — O dólar engatou a segunda alta consecutiva e fechou acima de R$ 3,93 reais nesta quarta-feira, 17, na máxima em três semanas, catapultado pela piora na percepção sobre a evolução da reforma da Previdência no Congresso.

O real teve o pior desempenho global nesta sessão, considerando 33 rivais do dólar.

A moeda norte-americana subiu 0,83%, a R$ 3,9343 na venda. É o maior patamar para um encerramento desde 27 de março (3,9545 reais).

Na B3, a referência do dólar futuro tinha alta de 0,87 por cento, a 3,9410 reais.

Ibovespa

 O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, minado pela repercussão negativa do adiamento de votação da proposta de reforma da Previdência em comissão na Câmara dos Deputados, enquanto Klabin avançou mais de 3 por cento após divulgar plano de expansão com investimento de 9,1 bilhões de reais.

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 1,11 por cento, a 93.284,75 pontos. O giro financeiro somou 34,5 bilhões de reais, em dia de vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou a votação da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição que muda as regras das aposentadorias para discutir a retirada de pontos polêmicos da PEC.

Com a decisão, o parecer sobre a admissibilidade da reforma pode ser votado na próxima terça-feira.

"O adiamento mostra que o governo segue com muita dificuldade na articulação política", disse o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, citando que continua acompanhando a falta de apoio e possíveis mudanças no texto.

"A preocupação e a cautela seguem em alta (no mercado) e ainda nem chegamos na comissão especial e muito menos no quanto teremos de economia com a reforma", acrescentou.

Representantes do governo ouviram reivindicações por mudanças em pontos da PEC para tentar garantir a aprovação do texto na próxima terça, mas nenhum acordo foi fechado.

Wall Street tampouco ajudou, encerrando com os principais índices acionários no vermelho, enfraquecidos pelo declínio de ações do setor de saúde. O S&P 500 cedeu 0,2%.

Nos primeiros negócios, o Ibovespa chegou a subir 0,75 por cento, tendo de pano de fundo dados econômicos melhores do que o esperado sobre a China e a repercussão relativamente positiva de reunião em Brasília sobre a política de preços da Petrobras.

Destaques

- PETROBRAS PN teve acréscimo de 0,11 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,10 por cento, em dia instável, com analistas atentos aos próximos movimento da petrolífera de controle estatal quanto a reajustes de preços.

- VALE caiu 1,6 por cento, em dia de queda nos preços do minério de ferro na China. A companhia também atualizou projeção para suas vendas de minério de ferro e pelotas em 2019.

- KLABIN UNIT valorizou-se 3,44 por cento, após aprovar expansão de capacidade no segmento de papéis, o projeto Puma II, que terá investimento de 9,1 bilhões de reais até 2023. De acordo com a empresa, a alavancagem com o projeto Puma 2 será menor do que Puma original.

- BRADESCO PN caiu 1,38 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,55 por cento.

- GOL PN recuou 3,56 por cento, conforme o dólar engatou a segunda alta consecutiva e fechou acima de 3,93 reais, na máxima em três semanas. O Morgan Stanley cortou o preço-alvo dos ADRs da aérea.

- CENTAURO ON, que estreou nesta sessão, fechou em baixa de 1,6 por cento, a 12,30 reais, após a rede de varejo esportivo precificar o IPO na última segunda-feira a 12,50 reais. Na máxima da sessão, chegou a subir a 12,74 reais.

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