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Dólar encosta em R$ 1,70 e tem menor valor desde 9/11

Por Rosangela Dolis São Paulo - O dólar voltou a cair hoje, fechando a R$ 1,707 (-0,47%) para o menor patamar de fechamento desde 9 de novembro de 2009, quando o dólar valia R$ 1,7010. Foi a sexta sessão seguida de baixa da divisa norte-americana, período em que acumulou perda de 1,50%. No mês, a […]

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 14h23.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - O dólar voltou a cair hoje, fechando a R$ 1,707 (-0,47%) para o menor patamar de fechamento desde 9 de novembro de 2009, quando o dólar valia R$ 1,7010. Foi a sexta sessão seguida de baixa da divisa norte-americana, período em que acumulou perda de 1,50%. No mês, a moeda registra perda de 2,79% e no ano acumula queda de 2,07%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou o pregão a R$ 1,7055, recuo de 0,55%. O euro comercial registrou alta de 0,72% para R$ 2,223.

O Banco Central fecha hoje uma semana de retomada de duplos leilões diários de compra à vista da moeda norte-americana com o objetivo de enxugar excedentes e controlar a apreciação do real. A estratégia de duplo leilão foi retomada pelo BC na quarta-feira, dia 8. O desempenho acumulado pela moeda norte-americana desde então mostra que essa atuação mais agressiva do BC foi suficiente apenas para reduzir o ritmo de queda do dólar.

Hoje , porém, a moeda norte-americana reagiu fracamente ao segundo leilão realizado pelo BC perto do final dos negócios, reduzindo perda de 0,52%, antes da intervenção, para 0,47%, no fechamento - esta é a maior queda diária desde 3 de setembro, quando o recuo do dólar foi de 0,86%. No primeiro leilão de compra de dólares feito hoje, por volta das 11h15, o BC definiu taxa de corte de R$ 1,7104; no segundo, em torno de 15h42, a taxa de corte foi de R$ 1,7062.

A queda do dólar hoje voltou a seguir tendência do exterior, onde a moeda recuou fortemente ante o euro, mas foi ampliada pelas expectativas de fluxo positivo, que incluem não só os recursos de estrangeiros para a capitalização da Petrobras mas também notícias sobre novas captações no exterior por empresas.

No exterior, as declarações do economista-chefe do banco Goldman Sachs, Jan Hatzius, de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) pode anunciar um novo programa de aquisição de ativos para dar suporte à economia a partir de novembro, e dados melhores do que o esperado sobre vendas no varejo e estoques dos EUA deram alívio às preocupações dos investidores com a retomada da economia norte-americana e tiraram pressões de alta sobre o dólar e inflaram o euro.

Aqui, a Votorantim marcou um roadshow nos EUA e na Europa nesta semana e na próxima, o que leva à previsão de captação no exterior pela empresa. A Suzano termina um roadshow para investidores amanhã e comenta-se no mercado que a empresa fará uma emissão de US$ 500 milhões em bônus de 10 anos. E a CSN deve concluir roadshow na quinta-feira para emissão de bônus perpétuos no valor de aproximadamente US$ 1 bilhão.

O Tesouro Nacional vendeu hoje nos mercados europeu e norte-americano US$ 500 milhões do Global 2041, título da dívida externa brasileira com vencimento em 7/1/2041. O papel de 30 anos foi vendido com taxa de retorno ao investidor (yield) de 5,202% ao ano, cupom de juros de 5,625% ao ano e spread de 142 pontos-base acima do título do Tesouro norte-americano com vencimento em 15/8/2040. Os dólares captados entram para as reservas brasileiras no dia 21 de setembro. O Tesouro poderá ainda estender a operação em US$ 50 milhões no mercado asiático.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em alta de 2,39% e foi negociado em média à R$ 1,84 na ponta de venda e a R$ 1,707 na compra. O euro turismo subiu 1,43% a R$ 2,34 (venda) e R$ 2,19 (compra).

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