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Dólar encerra em baixa ante real com correção

O dólar recuou 0,41 por cento, a 3,4120 reais na venda, depois de ter oscilado entre a mínima de 3,4060 reais e a máxima de 3,4366 reais

Dólar: nas duas últimas semanas, a moeda norte-americana acumulou alta 3,82 por cento ante o real (foto/Thinkstock)

Dólar: nas duas últimas semanas, a moeda norte-americana acumulou alta 3,82 por cento ante o real (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 16 de abril de 2018 às 17h10.

São Paulo - O dólar terminou a segunda-feira com pequena baixa ante o real com leve correção após a alta recente, movimento favorecido pela percepção de que não deve haver escalada militar na Síria após ataque dos Estados Unidos, França e Reino Unido no final de semana.

O dólar recuou 0,41 por cento, a 3,4120 reais na venda, depois de ter oscilado entre a mínima de 3,4060 reais e a máxima de 3,4366 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,36 por cento.

"A operação militar dos EUA (e seus aliados) na Síria, até este momento, mostrou-se um ataque pontual e preciso", afirmou um gestor de investimentos de uma corretora nacional.

Forças dos Estados Unidos, França e Reino Unido realizaram ataques aéreos contra a Síria no início do sábado (horário local), em resposta a um ataque com gás venenoso que matou dezenas de pessoas na semana passada, na maior intervenção de potências ocidentais contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Com a retórica de que não haveria mais ataques e sem respostas mais contundentes da Rússia, aliada do governo sírio, os mercados internacionais operaram com relativa calma nesta sessão, apostando que não haverá escalada militar na região.

No exterior, o dólar recuava ante a cesta de moedas com investidores respirando um pouco mais aliviados após os ataques. Ante divisas de países emergentes, o dólar operava com leves baixas.

Nas duas últimas semanas, o dólar acumulou alta 3,82 por cento ante o real, influenciado pelos temores com a cena política local e as eleições no final de ano, além de eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China. Esses ganhos acabaram gerando movimento de correção nesta sessão, embora o fôlego tenha sido limitado por saída de recursos dos mercados locais.

Internamente, os investidores também seguiram de olho na cena política, a poucos meses das incertas eleições presidenciais. Neste fim de semana, pesquisa Datafolha mostrou que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguia na liderança da corrida eleitoral, uma semana depois de ter sido preso no âmbito da operação Lava Jato.

Com Lula como candidato, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) seguia isolado em segundo lugar. Mas sem o petista, a ex-senadora Marina Silva (Rede) cresce e encosta no deputado, configurando empate técnico. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também cresceu sem o petista no páreo.

"Ainda é cedo, mas a priori não foi uma pesquisa animadora", trouxe a corretora H.Commcor em relatório.

O mercado considera Lula um candidato menos comprometido com o ajuste fiscal e alguém com posições parecidas também não agrada.

O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,020 bilhão de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vencem em maio.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

(Edição de Patrícia Duarte e Iuri Dantas)

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