Dólar descola-se do exterior e sobe sem presença do BC
O dólar à vista no balcão atingiu R$ 2,052, com alta de 0,29%, e acabou fechando o dia a R$ 2,051
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2012 às 18h07.
São Paulo - A cotação do dólar bateu sucessivas máximas durante a tarde e sacramentou a trajetória que se desenhou no período da manhã, quando o rumo da moeda ante o real começou a contrariar o comportamento registrado no exterior. O dólar à vista no balcão atingiu R$ 2,052, com alta de 0,29%, e acabou fechando o dia a R$ 2,051 (+0,24%). Na BM&F, o pronto ficou em R$ 2,047, com ganho de 0,32%. Pouco depois das 16h30, o dólar julho dava continuidade a essa pressão e estava em R$ 2,065, com aumento de 0,71%. No mesmo horário, o euro era cotado a US$ 1,2499, acima de US$ 1,2435 registrado no final da tarde de sexta-feira, em Nova York.
Os operadores não identificam um motivo novo que explique o movimento de alta do dólar e atribuem a pressão, principalmente, ao mesmo fator que trouxe as cotações para cima da marca de R$ 2,00: uma piora nas percepções para o cenário econômico. "É o mesmo que acontece há dois meses, há uma deterioração do cenário e ainda não há perspectiva de solução. Na Grécia, haverá eleições no dia 17 e, se o resultado indicar que o país realmente sairá do euro, ninguém sabe o que acontecerá", disse o superintendente de Investimentos da Allianz Seguros, Fábio Gomes de Oliveira.
Os operadores ouvidos pela Agência Estado ressaltam que, internamente, a intervenção do Banco Central no Cruzeiro do Sul em meio a esse ambiente adiciona incertezas ao mercado. Ainda que o sistema financeiro seja forte e estável, esse episódio, seguido da intervenção do Panamericano, coloca em discussão o papel de supervisão do Banco Central.
Além disso, as mesas de operações ainda digerem o desconforto com relação ao resultado do PIB do primeiro trimestre e à constatação, cada vez mais clara, de que o País está sendo fortemente afetado pela crise internacional. E mais, que a economia doméstica não reage, como no passado, a medidas de incentivo.
Nesse sentido, a presidente Dilma Rousseff, que esteve reunida com a equipe econômica em Brasília, disse que o Brasil está se preparando para ter uma política pró-cíclica de investimentos. "Temos imensas oportunidades na área de infraestrutura, transporte, energia, telecomunicações", disse a presidente, no discurso durante almoço oferecido ao rei Juan Carlos, da Espanha.
Mesmo com o dólar na casa de R$ 2,05, que o mercado considera um ponto que deixa o governo desconfortável, o Banco Central manteve-se fora das negociações. Desde sexta-feira, dia 25, a autoridade monetária não intervém com leilões de swap cambial.
São Paulo - A cotação do dólar bateu sucessivas máximas durante a tarde e sacramentou a trajetória que se desenhou no período da manhã, quando o rumo da moeda ante o real começou a contrariar o comportamento registrado no exterior. O dólar à vista no balcão atingiu R$ 2,052, com alta de 0,29%, e acabou fechando o dia a R$ 2,051 (+0,24%). Na BM&F, o pronto ficou em R$ 2,047, com ganho de 0,32%. Pouco depois das 16h30, o dólar julho dava continuidade a essa pressão e estava em R$ 2,065, com aumento de 0,71%. No mesmo horário, o euro era cotado a US$ 1,2499, acima de US$ 1,2435 registrado no final da tarde de sexta-feira, em Nova York.
Os operadores não identificam um motivo novo que explique o movimento de alta do dólar e atribuem a pressão, principalmente, ao mesmo fator que trouxe as cotações para cima da marca de R$ 2,00: uma piora nas percepções para o cenário econômico. "É o mesmo que acontece há dois meses, há uma deterioração do cenário e ainda não há perspectiva de solução. Na Grécia, haverá eleições no dia 17 e, se o resultado indicar que o país realmente sairá do euro, ninguém sabe o que acontecerá", disse o superintendente de Investimentos da Allianz Seguros, Fábio Gomes de Oliveira.
Os operadores ouvidos pela Agência Estado ressaltam que, internamente, a intervenção do Banco Central no Cruzeiro do Sul em meio a esse ambiente adiciona incertezas ao mercado. Ainda que o sistema financeiro seja forte e estável, esse episódio, seguido da intervenção do Panamericano, coloca em discussão o papel de supervisão do Banco Central.
Além disso, as mesas de operações ainda digerem o desconforto com relação ao resultado do PIB do primeiro trimestre e à constatação, cada vez mais clara, de que o País está sendo fortemente afetado pela crise internacional. E mais, que a economia doméstica não reage, como no passado, a medidas de incentivo.
Nesse sentido, a presidente Dilma Rousseff, que esteve reunida com a equipe econômica em Brasília, disse que o Brasil está se preparando para ter uma política pró-cíclica de investimentos. "Temos imensas oportunidades na área de infraestrutura, transporte, energia, telecomunicações", disse a presidente, no discurso durante almoço oferecido ao rei Juan Carlos, da Espanha.
Mesmo com o dólar na casa de R$ 2,05, que o mercado considera um ponto que deixa o governo desconfortável, o Banco Central manteve-se fora das negociações. Desde sexta-feira, dia 25, a autoridade monetária não intervém com leilões de swap cambial.