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Dólar desaba 2,5% e encosta em R$3,70 com Lava Jato

Se mantiver esse ritmo, o dólar fechará esta semana com a maior queda acumulada desde outubro de 2008. O dólar futuro caía cerca de 2,5 por cento

Dólares: se mantiver esse ritmo, o dólar fechará esta semana com a maior queda acumulada desde outubro de 2008 (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 12h14.

O dólar desabava 2,5% frente ao real nesta sexta-feira, após a Polícia Federal lançar nova fase da operação Lava Jato que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

Às 10:01, o dólar recuava 2,52%, a 3,7065 reais na venda, após cair 5,03% nas três sessões anteriores. A moeda norte-americana chegou a recuar 3%, a 3,6876 reais, na mínima deste pregão, menor patamar intradia desde 1º de setembro de 2015 (3,6192 reais).

Se mantiver esse ritmo, o dólar fechará esta semana com a maior queda acumulada desde outubro de 2008. O dólar futuro caía cerca de 2,5%.

"(A presidente Dilma Rousseff) já está muito fragilizada e com isso a oposição ganha mais força", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

"Se as manifestações do dia 13 forem grandes, a situação fica muito ruim para ela", acrescentou, referindo-se a protestos planejados a favor do impeachment da presidente.

A operação Lava Jato lançou nesta manhã nova fase da investigação tendo como alvo Lula, contra o qual foram expedidos mandados de condução coercitiva e busca e apreensões, para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema envolvendo a Petrobras.

Notícias que aumentam a pressão sobre Dilma, alvo de processo de impeachment, vêm sendo bem recebidos pelo mercado, que entende que uma troca no governo pode trazer de volta a confiança e abrir espaço para mudanças na política econômica.

E, agora tendo Lula como alvo direto, a Lava Jato poderia atrapalhar os planos do ex-presidente de concorrer nas eleições de 2018.

Ainda assim, alguns analistas ponderam que as turbulências políticas podem dificultar ainda mais a governabilidade no presente.

Além disso, não é certo que a saída da presidente resultaria em um governo mais apto a promover as reformas econômicas dolorosas que muitos acreditam ser a chave para a recuperação brasileira.

"O mercado está apostando em uma retomada da confiança que pode não se concretizar. Há uma certa euforia e acho que algumas pessoas estão indo no embalo, mas tem muita água para rolar ainda", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Na véspera, o dólar já javia caído mais de 2% sobre o real, reagindo à notícia de suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na operação Lava Jato envolvendo a presidente Dilma e Lula.

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 9,6 mil contratos.

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O dólar desabava 2,5% frente ao real nesta sexta-feira, após a Polícia Federal lançar nova fase da operação Lava Jato que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

Às 10:01, o dólar recuava 2,52%, a 3,7065 reais na venda, após cair 5,03% nas três sessões anteriores. A moeda norte-americana chegou a recuar 3%, a 3,6876 reais, na mínima deste pregão, menor patamar intradia desde 1º de setembro de 2015 (3,6192 reais).

Se mantiver esse ritmo, o dólar fechará esta semana com a maior queda acumulada desde outubro de 2008. O dólar futuro caía cerca de 2,5%.

"(A presidente Dilma Rousseff) já está muito fragilizada e com isso a oposição ganha mais força", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

"Se as manifestações do dia 13 forem grandes, a situação fica muito ruim para ela", acrescentou, referindo-se a protestos planejados a favor do impeachment da presidente.

A operação Lava Jato lançou nesta manhã nova fase da investigação tendo como alvo Lula, contra o qual foram expedidos mandados de condução coercitiva e busca e apreensões, para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema envolvendo a Petrobras.

Notícias que aumentam a pressão sobre Dilma, alvo de processo de impeachment, vêm sendo bem recebidos pelo mercado, que entende que uma troca no governo pode trazer de volta a confiança e abrir espaço para mudanças na política econômica.

E, agora tendo Lula como alvo direto, a Lava Jato poderia atrapalhar os planos do ex-presidente de concorrer nas eleições de 2018.

Ainda assim, alguns analistas ponderam que as turbulências políticas podem dificultar ainda mais a governabilidade no presente.

Além disso, não é certo que a saída da presidente resultaria em um governo mais apto a promover as reformas econômicas dolorosas que muitos acreditam ser a chave para a recuperação brasileira.

"O mercado está apostando em uma retomada da confiança que pode não se concretizar. Há uma certa euforia e acho que algumas pessoas estão indo no embalo, mas tem muita água para rolar ainda", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Na véspera, o dólar já javia caído mais de 2% sobre o real, reagindo à notícia de suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na operação Lava Jato envolvendo a presidente Dilma e Lula.

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 9,6 mil contratos.

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