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Dólar dá continuidade a escalada ante real

Às 10h44, a moeda norte-americana subia 0,87 por cento, a 2,8612 reais, após subir mais de 1 por cento e alcançar 2,8757 reais na máxima

Às 10h44, a moeda norte-americana subia 0,87 por cento, a 2,8612 reais, após subir mais de 1 por cento e alcançar 2,8757 reais na máxima (Arquivo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 10h03.

São Paulo - O dólar dava continuidade à escalada das últimas sessões e chegou a subir mais de 1 por cento nesta quarta-feira, ainda pressionado por avaliações do mercado de que os esforços do governo para enfrentar a deterioração das contas públicas possam perder força à frente, à medida que impactam cada vez mais a atividade.

Segundo operadores, se essas expectativas se confirmarem, poderiam motivar um rebaixamento da classificação de risco do Brasil. Por isso, o real mostrava desempenho pior do que grande parte de seus pares, que sofriam diante das incertezas sobre o futuro da Grécia na zona do euro.

Às 10h44, a moeda norte-americana subia 0,87 por cento, a 2,8612 reais, após subir mais de 1 por cento e alcançar 2,8757 reais na máxima.

"O dólar está sem defesa", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. "Aqui dentro está uma confusão e lá fora não ajuda, então o mercado puxa".

A forte queda das vendas no varejo brasileiro apurada em dezembro em relação a novembro foi o mais recente item adicionado à lista de notícias negativas sobre a perspectiva econômica doméstica.

Investidores temem que a atividade econômica fraca possa levar o governo a voltar atrás em seus passos em direção a uma política econômica mais ortodoxa, encabeçados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Essa preocupação se somava aos temores dos agentes financeiros advindos dos mercados externos, principalmente àqueles relacionados à possibilidade de o impasse em torno da dívida da Grécia provocar a saída de Atenas da zona do euro, golpeando a já frágil economia europeia.

Operadores também afirmavam que a escalada do dólar desencadeava uma série de operações de compra automática de divisa, montadas por investidores vendidos para limitar suas perdas ("stop-loss"), o que acelerava o ritmo da apreciação.

Isso, por sua vez, elevava a pressão por uma definição do futuro das atuações diárias do Banco Central no câmbio, marcadas para durar "pelo menos" até o fim de março.

"O mercado pressiona porque, em algum momento, o BC vai ter que se posicionar", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a 98 milhões de dólares. Foram vendidos 1.690 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 310 contratos para 1º de fevereiro de 2016.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 42 por cento do lote total.

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São Paulo - O dólar dava continuidade à escalada das últimas sessões e chegou a subir mais de 1 por cento nesta quarta-feira, ainda pressionado por avaliações do mercado de que os esforços do governo para enfrentar a deterioração das contas públicas possam perder força à frente, à medida que impactam cada vez mais a atividade.

Segundo operadores, se essas expectativas se confirmarem, poderiam motivar um rebaixamento da classificação de risco do Brasil. Por isso, o real mostrava desempenho pior do que grande parte de seus pares, que sofriam diante das incertezas sobre o futuro da Grécia na zona do euro.

Às 10h44, a moeda norte-americana subia 0,87 por cento, a 2,8612 reais, após subir mais de 1 por cento e alcançar 2,8757 reais na máxima.

"O dólar está sem defesa", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. "Aqui dentro está uma confusão e lá fora não ajuda, então o mercado puxa".

A forte queda das vendas no varejo brasileiro apurada em dezembro em relação a novembro foi o mais recente item adicionado à lista de notícias negativas sobre a perspectiva econômica doméstica.

Investidores temem que a atividade econômica fraca possa levar o governo a voltar atrás em seus passos em direção a uma política econômica mais ortodoxa, encabeçados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Essa preocupação se somava aos temores dos agentes financeiros advindos dos mercados externos, principalmente àqueles relacionados à possibilidade de o impasse em torno da dívida da Grécia provocar a saída de Atenas da zona do euro, golpeando a já frágil economia europeia.

Operadores também afirmavam que a escalada do dólar desencadeava uma série de operações de compra automática de divisa, montadas por investidores vendidos para limitar suas perdas ("stop-loss"), o que acelerava o ritmo da apreciação.

Isso, por sua vez, elevava a pressão por uma definição do futuro das atuações diárias do Banco Central no câmbio, marcadas para durar "pelo menos" até o fim de março.

"O mercado pressiona porque, em algum momento, o BC vai ter que se posicionar", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a 98 milhões de dólares. Foram vendidos 1.690 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 310 contratos para 1º de fevereiro de 2016.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 42 por cento do lote total.

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