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Dólar fecha em queda com otimismo sobre safra de balanços nos EUA

Resultado do JPMorgan arrefece temores sobre impacto econômico do coronavírus

(Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 14 de julho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 14 de julho de 2020 às 17h24.

O dólar encerrou em queda, nesta terça-feira, 14, em mais uma sessão marcada pela forte volatilidade do real. Como pano de fundo para o tom positivo esteve a esperança dos investidores de que os impactos econômicos do coronavírus não sejam tão grandes nas principais companhias dos Estados Unidos. O que ajudou a sustentar a perspectiva foi o resultado do JPMorgan , que apresentou lucro por ação de 1,38 dólar ante 1,08 dólar projetado por analistas.

Por aqui, o dólar caiu 0,7% e fechou sendo vendido por 5,348 reais. Com variação semelhante, o dólar turismo encerrou cotado a 5,63 reais.
Apesar da queda da moeda americana, o dólar comercial chegou a operar em alta e ser negociado próximo dos 5,45 ao longo do dia. . Segundo Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti, o movimento foi impulsionado, principalmente, por dois fatores. Um deles foi a piora do cenário externo, com o pessimismo sobre o avanço do coronavírus nos Estados Unidos.

O outro foram grandes operações feitas durantes as "janela da Ptax". "Teve um fluxo forte de saída de 400 milhões de dólares a 500 milhões de dólares que foi feito aos poucos. Isso fez o dólar atingir a máxima do dia. Além da volatilidade forte, o dia é de grande amplitude. Fazia tempo que eu não via 11 centavos de diferença entre a mínima e a máxima", comentou.

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Apesar O avanço do coronavírus ainda mantém doses de cautela no mercado, tendo em vista que a Flórida reportou, nesta terça, recorde de mortes diárias no estado: 132 em um único dia.

Na véspera, o governo da Califórnia retomou medidas de restrições, como o fechamento de bares e restaurantes, para impedir a proliferação da doença no estado. O mercado teme que outros estados sigam o exemplo, o que poderia impactar negativamente a intensidade da recuperação da maior economia do mundo.

Internamente, as atenções se voltaram para o IBC-Br. Conhecido como prévia do PIB, o índice de atividade econômica do BC de maio teve alta de 1,3%, confirmando as expectativas de que o pior já ficou para trás. No entanto, o número veio abaixo da projeção mediana de mercado de crescimento de 4,5% no mês.

“Dentre os setores, o comércio varejista é aquele que está recuperando o nível de atividade mais rápido e deve continuar se beneficiando das medidas de auxílio de emergência”, disse Arthur Mota, economista da Exame Research.

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