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Dólar comercial abre em queda de 0,86% a R$ 1,736

São Paulo - O dólar comercial abriu em baixa ante o real no pregão de hoje. Nesta manhã, os primeiros contratos de câmbio foram fechados em queda de 0,86% no mercado interbancário de câmbio, a R$ 1,736. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em baixa de 0,83%, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O dólar comercial abriu em baixa ante o real no pregão de hoje. Nesta manhã, os primeiros contratos de câmbio foram fechados em queda de 0,86% no mercado interbancário de câmbio, a R$ 1,736. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em baixa de 0,83%, cotado a R$ 1,736.

Os mercados estão acreditando que, finalmente, os governos dos países que compõem a União Europeia estão convencidos de que o socorro à Grécia é urgente para evitar que a reação em cadeia, que já atinge Portugal e Espanha, tenha continuidade e se aprofunde. Por isso, tentam uma reação positiva na manhã de hoje. No câmbio, o euro, que ontem bateu mínima de US$ 1,3114, depois do rebaixamento do rating da Espanha, era cotado acima de US$ 1,32.

Porém, a incerteza e insegurança continuam fortes demais para as apostas serem intensas e firmes. A volatilidade deve continuar marcando os negócios, com os operadores reagindo a qualquer novidade. Como o sentimento de aversão ao risco é grande entre os investidores, a tendência é de que as notícias negativas tenham impacto maior do que as positivas.

No Brasil, no entanto, os mercados continuam parcialmente blindados pelo cenário doméstico de crescimento forte da atividade. No que se refere ao comportamento da moeda nacional, esse cenário de atividade robusta, num momento em que no exterior acontece o contrário, tem peso duplo. O real apresenta trajetória de valorização não só pelas expectativas positivas para a economia, que trazem investimentos diretos para o País, mas também porque essas perspectivas provocaram o início de um ciclo de alta de juros ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que subiu a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 9,50% ao ano. E isso aumenta o desequilíbrio entre as taxas de juros domésticas e internacionais (ontem o Fed manteve a taxa dos EUA entre 0% e 0,25% ao ano), o que atrai também capitais de curto prazo e voláteis, de olho na arbitragem.

Ou seja, o ambiente de alívio registrado hoje no exterior, tende a ser potencializado internamente e o dólar deve cair durante o dia. Atualmente, pesando em contrário à valorização do real só há a expectativa de contas externas em deterioração, a campanha eleitoral e a possibilidade de intervenções maiores do Banco Central (BC) e do Tesouro no mercado.

O vencimento dos contratos futuros de maio está próximo e a liquidação ocorrerá na segunda-feira, considerando a ptax (taxa média ponderada pelo BC) de amanhã. Até o fechamento de ontem, os investidores não tinham feito movimentos expressivos de rolagem e a liquidez continuava concentrada nos contratos com vencimento em maio. As movimentações técnicas em torno do vencimento podem afastar o comportamento do mercado dos fundamentos. Mas, este mês, a expectativa dos especialistas é de que a pressão maior seja no sentido de formar uma ptax para baixo e, para isso, o cenário de hoje está colaborando.

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