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Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2010 às 07h12.
Por Cristina Canas
São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,47%, negociado a R$ 1,684 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,76%, cotada a R$ 1,692. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em queda de 0,78%, a R$ 1,678.
O interesse no Brasil, desta vez partindo da China, que mira a produção de petróleo no País com a compra de 40% da unidade brasileira da Repsol, volta a mover negócios. No rastro da notícia, as empresas petrolíferas apresentam ganhos generalizados e alavancam o desempenho das bolsas no exterior. A novidade veio acompanhada por dados de atividade positivos na China, o que desperta o apetite por commodities (matérias-primas) além do petróleo e torna o movimento positivo consistente.
Hoje, os investidores se preparam para valorizar ainda mais o real, o que consolida a volta - ocorrida pela primeira vez durante o pregão de ontem - da moeda norte-americana aos níveis anteriores à quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008. O episódio, ocorrido em 14 de setembro de 2008, marcou o agravamento da crise financeira global, que se arrasta até hoje, principalmente nos países desenvolvidos.
Vale lembrar que, em setembro, quando o dólar saiu de R$ 1,756 para R$ 1,692 (baixa de 3,64%), o fluxo de recursos para o País foi considerável. Além da oferta de ações da Petrobras, houve captações externas que ultrapassaram US$ 10 bilhões. Ainda assim, a marca de R$ 1,70 foi sustentada por um bom tempo. Porém, com a tendência de queda internacional do dólar, retomada após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) declarar que está disposto a tomar novas medidas para incentivar a economia do país, a eficiência da atuação da autoridade monetária brasileira no câmbio diminuiu. "A menos que haja uma novidade externa ruim ou uma nova medida no câmbio, o rompimento do piso de R$ 1,70 deve se confirmar hoje", disse um operador.