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Dólar comercial abre em baixa de 0,18%, a R$ 1,663

A percepção é de que os ajustes foram retomados recentemente, o que adicionou demanda pela moeda no mercado

Os operadores esperam que a queda do dólar continue sendo contida pela certeza que o Banco Central vai apresentar uma nova medida cambial  (Getty Images)

Os operadores esperam que a queda do dólar continue sendo contida pela certeza que o Banco Central vai apresentar uma nova medida cambial (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 10h23.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,663 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,24% e foi cotada a R$ 1,666 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,12%, a R$ 1,663.

O Japão e o G-7 (grupo das sete maiores economias do mundo) continuam alertas para intervir no mercado e evitar uma valorização maior do iene. Mas na relação com o restante das moedas, o dólar registra perdas. Ontem, a moeda norte-americana recuou para o menor nível em 15 meses em relação a uma cesta de moedas, pressionado pelo aumento no apetite por risco dos investidores e pela recuperação na demanda por euros, em meio à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) pode elevar os juros a partir de abril. Hoje, o euro sustenta-se acima de US$ 1,42, nos mesmos níveis de ontem.

No mercado brasileiro, a trajetória de queda do dólar continua sendo alimentada pelas variáveis internas, ainda favoráveis ao fluxo positivo de recursos, embora a avaliação seja de que os volumes tendem a ser menores, em decorrência das tensões internacionais. As incertezas que cercam a crise no Japão e os conflitos do Oriente Médio estariam interferindo nas captações.

Os operadores também esperam que a queda do dólar continue sendo contida pela certeza que o Banco Central vai apresentar uma nova medida cambial a qualquer momento. Vale lembrar que passa a valer, no início de abril, a cobrança de compulsório sobre posições vendidas em câmbio que ultrapassarem US$ 3 bilhões ou o patrimônio de referência, regra que foi adotada em janeiro para conter a valorização do real. Na ocasião, o anúncio da medida teve um efeito de alta no dólar, mas diante do prazo longo para ajuste e os fortes ganhos garantidos pela arbitragem, esse impacto foi se perdendo.

A percepção é de que os ajustes foram retomados recentemente, o que adicionou demanda por dólares ao mercado. "O ajuste foi sendo feito de forma tranquila, sem dificuldades", afirma um profissional do mercado. Cálculos de alguns operadores estimam que a posição vendida dos bancos recuou para pouco mais de US$ 9 bilhões nos últimos dias, chegando perto do número que esperava o Banco Central.

O movimento de ajuste, para alguns, seria um dos fatores a justificar o ritmo comedido das atuações do Banco Central no mercado de câmbio nos últimos dias, a despeito da avaliação de que o fluxo positivo de dólares continua. Ontem, o BC fez somente um leilão de compra no mercado à vista, prática que tem sido comum nos últimos pregões.

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