Mercados

Dólar comercial abre em baixa de 0,17%, a R$ 1,731

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,17%, negociado a R$ 1,731 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana avançou 0,35% e foi cotada a $ 1,734 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 09h07.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,17%, negociado a R$ 1,731 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana avançou 0,35% e foi cotada a $ 1,734 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em baixa de 0,15%, a R$ 1,7319.

A julgar pelos comentários nas mesas de operações nos últimos dias, a confirmação, esperada para hoje, de Alexandre Tombini como sucessor de Henrique Meirelles no comando do Banco Central (BC) deve ser bem recebida pelo mercado doméstico de câmbio. Entre os nomes que apareceram recentemente, esse é o que mais agrada, por inspirar continuidade e tecnicidade. Só falta agora a presidente eleita Dilma Rousseff reiterar a intenção de manter a independência de fato do BC. A única ressalva feita por alguns a Tombini é a de que, por ser funcionário de carreira, poderia estar mais vulnerável a influências políticas.

De acordo com especialistas, a escolha de Tombini não deve fazer preço no mercado de câmbio. "Se a escolha fosse por alguém de fora do BC, o mercado teria mais espaço para especulação", disse um operador. Ele acrescentou que o mercado de juros tende a mostrar reações mais fortes, mas que no câmbio o rumo dos negócios deverá continuar colado no cenário internacional, com as tensões externas amenizadas pelas perspectivas mais positivas para o Brasil. Hoje, as principais moedas emergentes mostram reação ante o dólar e a expectativa é de que o real também suba.

A despeito da melhora do clima de negócios no exterior esta manhã, os profissionais do mercado brasileiro de câmbio ressaltam que as tensões que fizeram preço no dólar nos últimos dias continuam presentes. Na lista está a briga entre as duas Coreias, a questão das dívidas soberanas da Europa, a inflação chinesa e suas consequências na política monetária do país e a atividade nos Estados Unidos.

Na Ásia, a novidade de hoje é o acerto entre os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, para a realização de exercícios militares conjuntos a partir do próximo domingo, na região do Mar Amarelo. Os ataques da Coreia do Norte à ilha sul-coreana de Yeonpyeong ocorreram nessa região. Pouco antes, Obama afirmou que a comunidade internacional deve reconhecer que a Coreia do Norte representa "ameaça séria e contínua com a qual todos devem se ocupar". Na China, continuam sendo tomadas medidas administrativas para aliviar a inflação.

Na Europa, o mercado olha para Portugal onde hoje foi deflagrada greve geral em protesto contra a intenção do governo de adotar novos esforços fiscais para combater a dívida. As paralisações atingiriam principalmente o setor de transportes, mas também o setor de saúde e a indústria. Na Irlanda, ainda permanecem as dúvidas sobre o montante da ajuda financeira internacional. Agora fala-se em 85 bilhões de euros. Hoje, a agência Standard & Poor's rebaixou o rating (classificação de risco) soberano de longo prazo do país de AA- para A, um corte de duas notas. A classificação de risco de curto prazo foi rebaixada em uma nota, para A-1.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Ibovespa opera em alta de olho em relatório bimestral de despesas; dólar cai a R$ 5,554

Ações da Ryanair caem quase 15% após lucro da empresa desabar

Desistência de Biden, relatório de despesas, balanços e juros na China: o que move o mercado

Como o mercado reagiu à desistência de Biden?

Mais na Exame