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Dólar comercial abre em alta de 0,53%, a R$ 1,70

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,53%, negociado a R$ 1,70 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,71%, cotada a R$ 1,691. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu […]

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 07h02.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,53%, negociado a R$ 1,70 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,71%, cotada a R$ 1,691. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em alta de 0,40%, a R$ 1,6985.

Exatamente um ano após instituir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% para entradas de capital estrangeiro destinado a renda fixa e ações, o Ministério da Fazenda aumentou a taxa do imposto para 4% - desta vez, restringindo a medida às operações de renda fixa. O anúncio da mudança foi feito ontem, após o fechamento dos mercados. Hoje, os investidores dos mercados de câmbio e juros reagem à novidade.

A avaliação do mercado, no entanto, é de que a mudança do IOF é paliativa e não muda a tendência do dólar. "O governo deu um tiro nas entradas para a renda fixa, mas ainda há o dinheiro que vem para Bolsa e para a indústria. O fluxo vai continuar positivo", afirmou o operador de câmbio da Interbolsa Brasil, Ovídio Pinho Soares. "Não muda a tendência de queda e sim a velocidade da perda."

Para o operador da Corretora Renascença, José Carlos Amado, é natural que o mercado não reaja de maneira forte à elevação do IOF. "Quando aumenta o IOF, diminuem as entradas de dólares, enquanto o mercado analisa e faz as contas. Mas isso não cria demanda adicional por moeda norte-americana. Além disso, há a tendência internacional do dólar, que é de queda", afirmou. "não é isso que fará o mercado mudar." Amado destacou ainda as entradas de recursos para outros segmentos como a Bolsa e o investimento direto, que influenciam o movimento do dólar.

Ainda assim, os especialistas admitem que a alteração feita no tributo deve reduzir um pouco o fluxo de dólares para o Brasil, o que tende a levar a um aumento momentâneo das cotações do dólar. "O mercado vai avaliar o quanto isso vai representar no fluxo durante os próximos dias e, eventualmente, isso tem um peso", disse Amado.

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