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Dólar cai quase 2% e vai abaixo de R$2,25, com dados e BC

Dados de empregos mostraram que a economia norte-americana continua forte mesmo após a desaceleração provocada pelo clima frio no início do ano

Dólar: às 12h23, a moeda norte-americana recuava 1,80 por cento, a 2,2415 reais na venda, após chegar a 2,2340 reais na mínima da sessão (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 12h42.

São Paulo - O dólar registrava forte queda nesta sexta-feira, chegando a despencar 2 por cento e ir abaixo de 2,25 reais, após dados de emprego nos Estados Unidos indicarem que a política monetária no país não deve ser alterada e o Banco Central brasileiro anunciar o início da rolagem dos swaps cambiais que vencem em maio.

Às 12h23, a moeda norte-americana recuava 1,80 por cento, a 2,2415 reais na venda, após chegar a 2,2340 reais na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 163 milhões de dólares.

"O dólar já havia aberto em queda em função do anúncio da rolagem, que alguns já esperavam que não viesse. Quando veio o relatório dos EUA, acelerou a queda bem forte", afirmou o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.

Os Estados Unidos criaram 192 mil vagas de emprego em março, frente a expectativas de 200 mil postos de trabalho. O número mostra que a economia norte-americana continua forte mesmo após a desaceleração provocada pelo clima frio no início do ano.

No entanto, para analistas, os resultados não são suficientes para fazer o Federal Reserve, banco central norte-americano, ampliar o ritmo de redução do programa de estímulos, não afetando ainda mais a liquidez. Também suaviza as preocupações de que a taxa de juros na maior economia do mundo seja elevada antes do esperado.

A queda do dólar também era puxada pelo anúncio do BC brasileiro de que dará início nesta sessão à rolagem dos swaps cambiais, que servem como venda futura de dólares, que vencem em 2 de maio, no valor equivalente a 8,733 bilhões de dólares.


No fim da manhã, o BC vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem, o que equivale a cerca de 6 por cento do lote que vence no próximo mês. Se mantiver esse ritmo de leilões durante todo o mês, a autoridade monetária conseguirá rolar praticamente todo o volume.

"Parece que o BC está comprometido em permanecer no mercado, apesar da queda do dólar", disse o economista da área de análises da XP Investimentos, Daniel Cunha, ressaltando ainda que vê entradas de recursos no mercado doméstico.

Para ele, a autoridade monetária continua presente para não trazer volatilidade ao mercado.

Em março, o BC rolou apenas cerca de 75 por cento dos contratos de swaps que venceram no início deste mês. Foi a segunda vez que a autoridade monetária deixou parte dos contratos vencerem desde agosto passado, quando iniciou seu programa de intervenção no câmbio.

"O mercado fica buscando um piso no câmbio e o anúncio da rolagem desarmou um pouco essa reação do mercado", disse o economista da corretora H.Commcor, Waldir Kiel, referindo-se a avaliações de que o BC não permitiria que o dólar recuasse abaixo de 2,25 reais, com medo de possíveis impactos sobre as exportações.

Por outro lado, o dólar mais fraco ajuda na inflação que ainda mostra bastante resistência.

Mais cedo, a autoridade monetária deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano e volume equivalente a 198,3 milhões de dólares. O BC também ofertou contratos para 2 de março de 2015, mas não vendeu nenhum.

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Às 12h23, a moeda norte-americana recuava 1,80 por cento, a 2,2415 reais na venda, após chegar a 2,2340 reais na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 163 milhões de dólares.

"O dólar já havia aberto em queda em função do anúncio da rolagem, que alguns já esperavam que não viesse. Quando veio o relatório dos EUA, acelerou a queda bem forte", afirmou o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.

Os Estados Unidos criaram 192 mil vagas de emprego em março, frente a expectativas de 200 mil postos de trabalho. O número mostra que a economia norte-americana continua forte mesmo após a desaceleração provocada pelo clima frio no início do ano.

No entanto, para analistas, os resultados não são suficientes para fazer o Federal Reserve, banco central norte-americano, ampliar o ritmo de redução do programa de estímulos, não afetando ainda mais a liquidez. Também suaviza as preocupações de que a taxa de juros na maior economia do mundo seja elevada antes do esperado.

A queda do dólar também era puxada pelo anúncio do BC brasileiro de que dará início nesta sessão à rolagem dos swaps cambiais, que servem como venda futura de dólares, que vencem em 2 de maio, no valor equivalente a 8,733 bilhões de dólares.


No fim da manhã, o BC vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem, o que equivale a cerca de 6 por cento do lote que vence no próximo mês. Se mantiver esse ritmo de leilões durante todo o mês, a autoridade monetária conseguirá rolar praticamente todo o volume.

"Parece que o BC está comprometido em permanecer no mercado, apesar da queda do dólar", disse o economista da área de análises da XP Investimentos, Daniel Cunha, ressaltando ainda que vê entradas de recursos no mercado doméstico.

Para ele, a autoridade monetária continua presente para não trazer volatilidade ao mercado.

Em março, o BC rolou apenas cerca de 75 por cento dos contratos de swaps que venceram no início deste mês. Foi a segunda vez que a autoridade monetária deixou parte dos contratos vencerem desde agosto passado, quando iniciou seu programa de intervenção no câmbio.

"O mercado fica buscando um piso no câmbio e o anúncio da rolagem desarmou um pouco essa reação do mercado", disse o economista da corretora H.Commcor, Waldir Kiel, referindo-se a avaliações de que o BC não permitiria que o dólar recuasse abaixo de 2,25 reais, com medo de possíveis impactos sobre as exportações.

Por outro lado, o dólar mais fraco ajuda na inflação que ainda mostra bastante resistência.

Mais cedo, a autoridade monetária deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano e volume equivalente a 198,3 milhões de dólares. O BC também ofertou contratos para 2 de março de 2015, mas não vendeu nenhum.

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