Mercados

Dólar cai, mas anúncio da Fitch limita baixa

A moeda norte-americana teve queda de 0,23 por cento, a 1,8565 real; mais cedo, o dólar chegou a cair 1,06 por cento, a 1,8410 real

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit"
 ( Karen Bleier/AFP)

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit" ( Karen Bleier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 17h14.

São Paulo - O dólar fechou em baixa pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira, mas não conseguiu cair abaixo de 1,85 real após a agência de classificação de risco Fitch ameaçar reduzir a nota de vários países da zona do euro, incluindo a França.

A moeda norte-americana teve queda de 0,23 por cento, a 1,8565 real. O dólar chegou a cair 1,06 por cento, a 1,8410 real, mas ganhou força após o anúncio da Fitch durante a tarde.

Na semana, o dólar chegou perto de 1,89 real, mas perdeu força após o Banco Central, na quinta-feira, anunciar um leilão de venda conjugada de dólares no mercado. Com isso, a taxa de câmbio terminou a semana com alta acumulada de 2,80 por cento.

De acordo com analistas da Lerosa Investimentos, "a atuação mais incisiva do Banco Central Brasileiro, podendo usar as reservas oficiais para oferecer liquidez em dólar", favoreceu a tendência de enfraquecimento da moeda durante a manhã.

Mas a Fitch colocou os ratings de Bélgica, Itália, Espanha, Irlanda, Eslovênia e Chipre em revisão para possível rebaixamento, o que significa que pode reduzir a nota dentro de três meses, e colocou a nota "AAA" da França em perspectiva negativa, o que significa que uma redução da nota é possível dentro de 12 a 18 meses.


A crise da dívida da zona do euro, principal fator para a instabilidade do dólar nos últimos meses, já havia feito a agência Standard & Poor's colocar em revisão para possível rebaixamento a nota de vários países europeus, até Alemanha.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não há porém "falta de dólares" no mercado brasileiro por causa dos problemas financeiros internacionais.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,8465 real para venda, em queda de 0,77 por cento ante quinta-feira.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

“Continuamos acreditando que o governo vai fazer o certo”, diz CEO do Santander

Ibovespa vira e fecha em queda pressionado por NY

Balanço do Santander, PMI dos EUA e da zona do euro, Tesla e Campos Neto: o que move o mercado

Santander Brasil tem alta de 44,3% no lucro, que vai a R$ 3,3 bilhões no 2º tri

Mais na Exame