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Dólar cai em meio a receios com EUA e baixa liquidez

As preocupações com a situação fiscal nos Estados Unidos, a dez dias de o governo atingir seu teto de endividamento, influenciaram os negócios em todo o mundo

Dólar: na máxima, a divisa dos EUA atingiu R$ 2,219 (+0,36%) e, na mínima, marcou R$ 2,203 (-0,36%) (Susana Gonzalez/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 17h16.

São Paulo - Depois de duas sessões de ganhos, o dólar à vista negociado no balcão caiu ante o real nesta segunda-feira, 07, com investidores atentos ao cenário externo. As preocupações com a situação fiscal nos Estados Unidos, a dez dias de o governo atingir seu teto de endividamento, influenciaram os negócios em todo o mundo.

No Brasil, numa sessão de baixa liquidez, após abrir em alta, a moeda norte-americana passou a recuar, em um movimento favorecido ainda pelo leilão de swap (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) promovido pelo Banco Central (BC). O dólar terminou cotado a R$ 2,207 no balcão, em baixa de 0,18%.

Na máxima, a divisa dos EUA atingiu R$ 2,219 (+0,36%) e, na mínima, marcou R$ 2,203 (-0,36%). No mercado futuro, o dólar para novembro tinha baixa de 0,34%, a R$ 2,2195.

"O mercado está parado hoje", comentou à tarde um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Estão todos esperando a definição da questão fiscal americana e, por isso, a moeda fica acomodada até que surja novidade", acrescentou.

Nos EUA, segue o impasse quanto ao financiamento do governo. O fim de semana não trouxe novidades sobre um possível acordo de democratas e republicanos para o Orçamento do novo ano fiscal - que já começou. Além disso, no próximo dia 17 o governo dos EUA vai atingir o limite de endividamento, de US$ 16,7 trilhões, o que torna necessário um acerto para elevação deste teto.

"Se, por um lado, todos perdemos com a questão fiscal dos EUA, porque a economia global tende a ser afetada, por outro, a iminência de um ajuste do Federal Reserve perde sentido", declarou Mauro Schneider, economista-chefe da CGD, lembrando que o impasse fiscal no país diminui as chances de o Fed começar a redução de seus estímulos à economia. "Isso, para moedas emergentes como o real, não deixa de ser bom", acrescentou.

"O prolongamento dos problemas fiscais nos EUA pode provocar mais enfraquecimento das economias como um todo", alerta Jefferson Rugik, da Correparti Corretora. Segundo ele, o câmbio também não sofreu influência da proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na quarta-feira, 09, define o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros da economia).

"Mas é claro que, se aumentar os juros, vamos ver uma procura dos investidores internacionais por Brasil. Apesar que uma alta de 0,50 ponto porcentual não deva trazer tantos investimentos assim, tendo em vista o cenário externo."

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São Paulo - Depois de duas sessões de ganhos, o dólar à vista negociado no balcão caiu ante o real nesta segunda-feira, 07, com investidores atentos ao cenário externo. As preocupações com a situação fiscal nos Estados Unidos, a dez dias de o governo atingir seu teto de endividamento, influenciaram os negócios em todo o mundo.

No Brasil, numa sessão de baixa liquidez, após abrir em alta, a moeda norte-americana passou a recuar, em um movimento favorecido ainda pelo leilão de swap (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) promovido pelo Banco Central (BC). O dólar terminou cotado a R$ 2,207 no balcão, em baixa de 0,18%.

Na máxima, a divisa dos EUA atingiu R$ 2,219 (+0,36%) e, na mínima, marcou R$ 2,203 (-0,36%). No mercado futuro, o dólar para novembro tinha baixa de 0,34%, a R$ 2,2195.

"O mercado está parado hoje", comentou à tarde um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Estão todos esperando a definição da questão fiscal americana e, por isso, a moeda fica acomodada até que surja novidade", acrescentou.

Nos EUA, segue o impasse quanto ao financiamento do governo. O fim de semana não trouxe novidades sobre um possível acordo de democratas e republicanos para o Orçamento do novo ano fiscal - que já começou. Além disso, no próximo dia 17 o governo dos EUA vai atingir o limite de endividamento, de US$ 16,7 trilhões, o que torna necessário um acerto para elevação deste teto.

"Se, por um lado, todos perdemos com a questão fiscal dos EUA, porque a economia global tende a ser afetada, por outro, a iminência de um ajuste do Federal Reserve perde sentido", declarou Mauro Schneider, economista-chefe da CGD, lembrando que o impasse fiscal no país diminui as chances de o Fed começar a redução de seus estímulos à economia. "Isso, para moedas emergentes como o real, não deixa de ser bom", acrescentou.

"O prolongamento dos problemas fiscais nos EUA pode provocar mais enfraquecimento das economias como um todo", alerta Jefferson Rugik, da Correparti Corretora. Segundo ele, o câmbio também não sofreu influência da proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na quarta-feira, 09, define o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros da economia).

"Mas é claro que, se aumentar os juros, vamos ver uma procura dos investidores internacionais por Brasil. Apesar que uma alta de 0,50 ponto porcentual não deva trazer tantos investimentos assim, tendo em vista o cenário externo."

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