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Dólar cai com mudança no IOF

No mercado à vista de balcão, a moeda dos EUA fechou o dia a R$ 2,057, com perda de 0,72%

Na BM&F, a cotação do dólar à vista encerrou o pregão a R$ 2,0515, com queda de 0,93%, na mínima (AFP)

Na BM&F, a cotação do dólar à vista encerrou o pregão a R$ 2,0515, com queda de 0,93%, na mínima (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 18h11.

São Paulo - Fontes do Ministério da Fazenda desmentiram que esteja iminente a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nas transações com derivativos cambiais, mas o impacto da informação anterior e extraoficial no sentido contrário já tinha determinado o fechamento do dólar em queda ante o real nesta quinta-feira. No mercado à vista de balcão, a moeda dos EUA fechou o dia a R$ 2,057, com perda de 0,72%. Na BM&F, a cotação do dólar à vista encerrou o pregão a R$ 2,0515, com queda de 0,93%, na mínima.

Antes disso, o dia já tinha sido marcado pela especulação e pela volatilidade das cotações no mercado doméstico de câmbio. Tudo começou logo cedo, quando o mercado teve a notícia de que o governo encolheu, de cinco para dois anos, o prazo das operações de empréstimos estrangeiros diretos sobre os quais incide a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A primeira reação dos investidores foi de desvalorizar o dólar.

No exterior o dia também era de perdas para a moeda norte-americana. Em parte por questões técnicas, visto que o mercado está excessivamente vendido em euro, mas, principalmente, porque os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, nesta quinta-feira, mostraram o mercado de trabalho ainda enfraquecido nos Estados Unidos. E isso realimentou as expectativas de um novo plano de estímulo à maior economia do planeta.

Porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar a alteração de IOF feita nesta quinta-feira, disse que o objetivo é fundamentalmente aumentar a disponibilidade de recursos para instituições financeiras e empresas brasileiras. Ele negou que houvesse qualquer outro estudo para a retirada de mais restrições no mercado de câmbio. Assim, o dólar ganhou impulso e entrou a tarde tentando firmar trajetória de alta, até que o movimento foi interrompido pelos rumores de que o governo já estudava a retirada, também, da cobrança do IOF nas operações com derivativos cambiais e nos investimentos estrangeiros em renda fixa.

A mínima do dólar à vista de balcão foi de R$ 2,050. A máxima ficou em R$ 2,075. Às 17h24, o dólar julho era cotado a R$ 2,0615, com queda de 0,84%.

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