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Dólar cai abaixo de R$3,25 no dia, mas sobe 1,94% em maio

A expectativa dos investidores era pela decisão do TSE, que no próximo dia 6 deve julgar eventual cassação da chapa Dilma-Temer

Dólar: "Não tem fato novo, nem positivo nem negativo, daí a formação da Ptax se sobressair" (Antonistock/Thinkstock)

Dólar: "Não tem fato novo, nem positivo nem negativo, daí a formação da Ptax se sobressair" (Antonistock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 31 de maio de 2017 às 17h19.

Última atualização em 31 de maio de 2017 às 17h43.

São Paulo - O dólar fechou a quarta-feira em queda e abaixo de 3,25 reais, em dia de formação da Ptax de final de mês e com os investidores ainda cautelosos com os desdobramentos da crise política que atingiu o presidente Michel Temer.

O dólar recuou 0,79 por cento, a 3,2364 reais na venda, depois de ter marcado a mínima do dia de 3,2335 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,50 por cento.

Em maio, a moeda norte-americana subiu 1,94 por cento, terceiro mês seguido de ganhos, período no qual acumulou valorização de 3,95 por cento. No ano até agora, o dólar acumula leve queda de 0,41 por cento.

"Não tem fato novo, nem positivo nem negativo, daí a formação da Ptax se sobressair", afirmou mais cedo o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

A Ptax é uma taxa calculada pelo Banco Central e serve de referência para diversos contratos cambiais. Assim, os investidores tentam puxar as cotações para atender suas necessidades.

A crise política também seguiu no radar, que aguardavam novidades para ajustar suas posições. A expectativa era pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que no próximo dia 6 deve julgar eventual cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer para as eleições de 2014.

Temer é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes, entre outros, de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F.

Muitos no mercado acreditam que ele não vai continuar na Presidência, mas ao mesmo tempo que quem o substituir vai manter a agenda de reformas, sobretudo a da Previdência.

"Mais importante do que quem estará na sucessão presidencial é a aprovação das reformas. Caso as votações ocorram rápido e as reformas sejam aprovadas, o Brasil se tornará a menina dos olhos dos investidores internacionais", afirmou o presidente da corretora BeeCâmbio, Fernando Pavani, em relatório.

O BC não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial, por enquanto, para esta sessão.

Na véspera, o BC concluiu a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional -- equivalente à venda futura de dólares -- que vencem em junho, no total de 4,435 bilhões de dólares. Em julho, vencem outros 6,939 bilhões de dólares em swaps.

O BC não anunciou também leilão de linha, venda de dólares no mercado à vista com compromisso de recompra, como às vezes faz no último dia do mês. A última vez que fez essa ação foi em 31 de março.

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