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Dólar reduz queda após pressão dos rendimentos de títulos nos EUA

Valorização do real era esperada pelo mercado após aumento da taxa Selic; movimento é ofuscado pelo cenário no exterior

Atratividade da taxa de juros brasileira melhora com aumento da Selic (Ricardo Moraes/Reuters)

Atratividade da taxa de juros brasileira melhora com aumento da Selic (Ricardo Moraes/Reuters)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 18 de março de 2021 às 09h23.

Última atualização em 18 de março de 2021 às 10h16.

O dólar abriu a sessão em forte queda contra o real, recuando 1,75% e sendo negociado a abaixo da marca de 5,5 reais. O movimento, porém, perdeu força com a alta dos treasuries americanos, que fortaleceu o dólar frente às demais moedas. O índice DYX, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de divisas de países desenvolvidos, avança 0,35% nesta manhã.

O fortalecimento da divisa americana no mundo repercute a alta no rendimento dos títulos de 10 anos nos Estados Unidos usados como termômetro pelos investidores para medir as expectativas de inflação no país. O rendimento dos treasuries subiu para 1,74% na manhã desta quinta-feira, apesar da garantia do Fed de que a política monetária não será alterada em breve. 

Mais cedo, a forte queda do dólar era sustentada pela elevação da taxa Selic. Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, surpreendeu o mercado e subiu a taxa básica de juros da economia para 2,75% ao ano.

Com a decisão, a atratividade da taxa de juros brasileira melhora especialmente depois de o Federal Reserve, o banco central americano, ter reforçado nesta quarta-feira que deve manter os juros dos Estados Unidos perto de zero até 2023.

Neste pregão, o BC fará ainda um leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em dezembro de 2021 e abril de 2022.

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