Mercados

Dólar avança cerca de 2% e vai a R$4,17 em resposta ao Datafolha

Às 12:10, o dólar avançava 1,91 por cento, a 4,1715 reais na venda, depois de tocar 4,1806 reais na máxima da sessão

Agentes financeiros reagem à movimentação da última pesquisa Datafolha (Getty Images/Getty Images)

Agentes financeiros reagem à movimentação da última pesquisa Datafolha (Getty Images/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 12h21.

Última atualização em 11 de setembro de 2018 às 12h29.

São Paulo - O dólar subia cerca de 2 por cento e operava na casa de 4,17 reais nesta terça-feira com os agentes financeiros reagindo à movimentação da esquerda na última pesquisa Datafolha de intenção de votos para a eleição presidencial de outubro.

Às 12:10, o dólar avançava 1,91 por cento, a 4,1715 reais na venda, depois de tocar 4,1806 reais na máxima da sessão. O dólar futuro tinha alta de cerca de 2 por cento.

O levantamento divulgado na véspera mostrou Ciro Gomes (PDT) com 13 por cento, de 10 por cento antes, enquanto Fernando Haddad, que deve ser confirmado nesta tarde candidato do PT no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva, avançou a 9 por cento, de 4 por cento antes.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, segue na liderança com 24 por cento das intenções de voto, de 22 por cento antes, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB), o que mais agrada ao mercado, chegou a 10 por cento, apenas um ponto percentual acima do último levantamento.

Até então, após Bolsonaro sofrer ataque a faca durante ato de campanha em Minas Gerais na semana passada, o mercado acreditava que essa situação poderia enfraquecer a esquerda, cujos candidatos vê como menos cuidadosos com as contas públicas.

"(Mas) é importante esperar uma segunda e até uma terceira pesquisa depois do evento Bolsonaro para confrontá-las, definir uma tendência", ponderou o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer.

Os investidores também monitoravam o cenário externo, onde permanecem as preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que está pronto para impor tarifas sobre praticamente todas as importações chinesas.

O dólar subia ante a cesta de moedas e também ante a maioria das divisas de emergentes, como lira turca e peso chileno.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 3,270 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDatafolhaDólareconomia-brasileira

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado