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Dólar atinge maior nível desde março de 2009

Moeda fechou em alta de 0,61% ante o real no balcão, cotado a R$ 2,3230, na máxima

Câmbio: embora o dólar tenha superado os R$ 2,32, o BC apenas observou os negócios (REUTERS/Gregg Newton)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 18h08.

São Paulo - O dólar voltou a subir de forma consistente ante o real nesta quarta-feira, 14, com o mercado testando a disposição do Banco Central em segurar a moeda. Mas, pela terceira sessão consecutiva, o BC apenas observou os negócios, o que fez o dólar fechar em alta de 0,61% ante o real no balcão, cotado a R$ 2,3230, na máxima. Esta é a maior cotação de fechamento desde 30 de março de 2009, quando o dólar atingiu R$ 2,3310.

"O mercado testou o Banco Central, chamando uma atuação por meio de swap (venda de moeda no mercado futuro)", disse profissional da mesa de câmbio de um banco. "Só que o BC tem compromisso de prover liquidez e não com patamar de preço. Como o mercado estava devagar hoje, não havia tanto motivo para ele entrar não", acrescentou outro profissional.

Embora o dólar tenha superado os R$ 2,32, o BC apenas observou os negócios - algo que vem fazendo desde o início da semana. Neste período, aliás, a moeda americana já acumulou alta de 2,24%. Na prática, aos poucos, a faixa de R$ 2,20 a R$ 2,30 vai ficando para trás.

Para Sidney Nehme, diretor executivo da NGO Corretora, a falta de liquidez já começa a pressionar também o mercado à vista de moedas, o que torna os swaps menos eficazes. "O BC atua com swaps cambiais, que não são dólares. São instrumentos financeiros que garantem o preço futuro, mas não a disponibilidade de moeda", comentou. Por isso, de acordo com o economista, o próximo passo do BC deve ser fazer leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), para garantir a liquidez também no mercado à vista.

"O BC deve estar avaliando isso. Talvez ele tenha de voltar a fazer leilão no mercado à vista", acrescentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.

À tarde, o BC divulgou os dados do fluxo cambial de 5 a 9 de agosto. O resultado foi negativo em US$ 1,599 bilhão. Em julho, o fluxo já havia sido negativo em US$ 1,447 bilhão. Apesar de esperado, o número ruim do fluxo também contribuiu para a alta do dólar, em meio à percepção de que o Brasil tem, de fato, dificuldades para atrair moeda.

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"O mercado testou o Banco Central, chamando uma atuação por meio de swap (venda de moeda no mercado futuro)", disse profissional da mesa de câmbio de um banco. "Só que o BC tem compromisso de prover liquidez e não com patamar de preço. Como o mercado estava devagar hoje, não havia tanto motivo para ele entrar não", acrescentou outro profissional.

Embora o dólar tenha superado os R$ 2,32, o BC apenas observou os negócios - algo que vem fazendo desde o início da semana. Neste período, aliás, a moeda americana já acumulou alta de 2,24%. Na prática, aos poucos, a faixa de R$ 2,20 a R$ 2,30 vai ficando para trás.

Para Sidney Nehme, diretor executivo da NGO Corretora, a falta de liquidez já começa a pressionar também o mercado à vista de moedas, o que torna os swaps menos eficazes. "O BC atua com swaps cambiais, que não são dólares. São instrumentos financeiros que garantem o preço futuro, mas não a disponibilidade de moeda", comentou. Por isso, de acordo com o economista, o próximo passo do BC deve ser fazer leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), para garantir a liquidez também no mercado à vista.

"O BC deve estar avaliando isso. Talvez ele tenha de voltar a fazer leilão no mercado à vista", acrescentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.

À tarde, o BC divulgou os dados do fluxo cambial de 5 a 9 de agosto. O resultado foi negativo em US$ 1,599 bilhão. Em julho, o fluxo já havia sido negativo em US$ 1,447 bilhão. Apesar de esperado, o número ruim do fluxo também contribuiu para a alta do dólar, em meio à percepção de que o Brasil tem, de fato, dificuldades para atrair moeda.

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