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Dólar amplia queda para 1,5% ante real, de olho no exterior

Às 11:55, o dólar recuava 1,57 por cento, a 3,8395 reais na venda. Na máxima da sessão, foi a 3,9432 reais, após recuar mais 1 por cento nas últimas 2 sessões


	Pessoa conta notas de dólar: a moeda vem recuando sobre moedas emergentes nos últimos dias diante de apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, só elevará os juros no ano que vem
 (Gary Cameron/Reuters)

Pessoa conta notas de dólar: a moeda vem recuando sobre moedas emergentes nos últimos dias diante de apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, só elevará os juros no ano que vem (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 16h43.

São Paulo - O dólar ampliou as perdas para cerca de 1,5 por cento sobre o real nesta terça-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana nos mercados externos num dia de poucos negócios, que acabava amplificando os movimentos no mercado interno, mas os investidores mantinham a cautela por incertezas políticas e econômicas no Brasil.

Às 11:55, o dólar recuava 1,57 por cento, a 3,8395 reais na venda. Na máxima da sessão, foi a 3,9432 reais, após recuar mais 1 por cento nas últimas duas sessões.

"Depois de uma abertura de cautela interna, o mercado se valeu do dólar mais fraco no mercado externo para vender divisas", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. "O mercado está com pouco volume e isso ajuda no tamanho da queda".

O dólar vem recuando sobre moedas emergentes nos últimos dias diante de apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, só elevará os juros no ano que vem, provocadas por uma leva de indicadores econômicos fracos.

Nesta sessão, essa perspectiva foi reforçada por dados mostrando que as exportações de agosto dos EUA foram atingidas pela economia global enfraquecida e as importações da China cresceram, alimentando a maior expansão do déficit comercial norte-americano em cinco meses. A moeda norte-americana caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

No entanto, a cautela ainda predominava sobre os negócios locais, antes de importantes eventos políticos. Está marcada para esta manhã a votação dos vetos presidenciais no Congresso que, se derrubados, dificultariam ainda mais o ajuste das contas públicas brasileiras. A expectativa nos mercados, no entanto, é de que sejam mantidos.

Os investidores também estão de olho no Tribunal de Contas da União (TCU), que manteve o julgamento das contas do Executivo de 2014 para quarta-feira mesmo após o governo ter pedido o afastamento do relator do caso, ministro Augusto Nardes.

A reprovação do balanço poderia abrir espaço para eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Internamente, o dia inspira cautela", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Jefferson Luiz Rugik.

O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Até agora, a autoridade monetária já rolou 2,046 bilhões de dólares, ou cerca de 20 por cento do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.

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