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Dólar acaba em leve baixa com investidor atento ao Fed

O dólar à vista negociado no balcão terminou em baixa de 0,18%, a R$ 2,2770. Em setembro, acumula queda de 4,45% e, no ano, avanço de 11,34%

Notas de dólar: baixa da moeda também foi favorecida pelos leilões de swap do Banco Central pela manhã (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 17h18.

São Paulo - A notícia de que o ex-secretário do Tesouro dos EUA Lawrence Summers desistiu de concorrer à vaga de presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fez o dólar recuar ante o real durante a maior parte desta segunda-feira, 16.

A leitura de que, com Summers fora da disputa, a retirada dos estímulos do Fed à economia não será tão acelerada favoreceu o movimento.

À tarde, os investidores voltaram a comprar moeda, principalmente no mercado futuro, o que tirou parte do ímpeto da queda. A expectativa com a decisão de política monetária do Fed , na quarta-feira, 18, seguiu permeando os negócios, assim como as discussões sobre quem substituirá Ben Bernanke no BC norte-americano.

O dólar à vista negociado no balcão terminou em baixa de 0,18%, a R$ 2,2770. Em setembro, acumula queda de 4,45% e, no ano, avanço de 11,34%.

Na mínima, atingiu R$ 2,250 (-1,36%). Naquele momento, o dólar reagia à desistência de Summers, anunciada no fim de semana, e também à queda do índice Empire State de atividade industrial em Nova York, que recuou de 8,24 em agosto para 6,29 em setembro. Como vem ocorrendo, indicadores de atividade ruins reforçam as apostas de que o Fed deixará para o fim do ano o início da retirada de seus estímulos.


A baixa do dólar também foi favorecida pelos leilões de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) do Banco Central pela manhã.

Dentro da estratégia de leilões diários, que vai até o fim do ano, o BC vendeu os 10 mil contratos oferecidos, injetando US$ 496,9 milhões no sistema. Além disso, em outra operação, o BC vendeu 40 mil contratos (US$ 1,964 bilhão), em três vencimentos diferentes. Neste caso, a intenção do BC foi permitir a rolagem dos swaps que vencem em 1º de outubro, evitando que dólares sejam retirados do mercado.

Apesar do cenário externo e das atuações do BC, a moeda norte-americana voltou a ganhar força à tarde, chegando a subir pontualmente.

Na máxima, marcou R$ 2,2820 (+0,04%). Operadores disseram que o movimento esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar também ganhou certa força ante outras divisas de países ligados a commodities. Além disso, houve fluxo de entrada de dólares no mercado à vista, por parte dos exportadores, mas os volumes não chamaram a atenção.

Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a relativa recuperação do dólar ante o real à tarde esteva ligada ao mercado futuro. "O pessoal já vem trazendo posição vendida (no futuro) há um tempo. E quando a moeda veio para R$ 2,25 hoje, muita gente pode ter realizado", comentou.

Além disso, na quarta-feira, 18, sai a decisão de política monetária do Fed, o que traz certa cautela. "Não acredito em novidades que mudem a tendência do dólar. Com os leilões do BC, o dinheiro continua ingressando no mercado e, com o cenário um pouco mais calmo, a queda é favorecida", comentou Waldir Kiel, economista da corretora H. Commcor DTVM.

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São Paulo - A notícia de que o ex-secretário do Tesouro dos EUA Lawrence Summers desistiu de concorrer à vaga de presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fez o dólar recuar ante o real durante a maior parte desta segunda-feira, 16.

A leitura de que, com Summers fora da disputa, a retirada dos estímulos do Fed à economia não será tão acelerada favoreceu o movimento.

À tarde, os investidores voltaram a comprar moeda, principalmente no mercado futuro, o que tirou parte do ímpeto da queda. A expectativa com a decisão de política monetária do Fed , na quarta-feira, 18, seguiu permeando os negócios, assim como as discussões sobre quem substituirá Ben Bernanke no BC norte-americano.

O dólar à vista negociado no balcão terminou em baixa de 0,18%, a R$ 2,2770. Em setembro, acumula queda de 4,45% e, no ano, avanço de 11,34%.

Na mínima, atingiu R$ 2,250 (-1,36%). Naquele momento, o dólar reagia à desistência de Summers, anunciada no fim de semana, e também à queda do índice Empire State de atividade industrial em Nova York, que recuou de 8,24 em agosto para 6,29 em setembro. Como vem ocorrendo, indicadores de atividade ruins reforçam as apostas de que o Fed deixará para o fim do ano o início da retirada de seus estímulos.


A baixa do dólar também foi favorecida pelos leilões de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) do Banco Central pela manhã.

Dentro da estratégia de leilões diários, que vai até o fim do ano, o BC vendeu os 10 mil contratos oferecidos, injetando US$ 496,9 milhões no sistema. Além disso, em outra operação, o BC vendeu 40 mil contratos (US$ 1,964 bilhão), em três vencimentos diferentes. Neste caso, a intenção do BC foi permitir a rolagem dos swaps que vencem em 1º de outubro, evitando que dólares sejam retirados do mercado.

Apesar do cenário externo e das atuações do BC, a moeda norte-americana voltou a ganhar força à tarde, chegando a subir pontualmente.

Na máxima, marcou R$ 2,2820 (+0,04%). Operadores disseram que o movimento esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar também ganhou certa força ante outras divisas de países ligados a commodities. Além disso, houve fluxo de entrada de dólares no mercado à vista, por parte dos exportadores, mas os volumes não chamaram a atenção.

Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a relativa recuperação do dólar ante o real à tarde esteva ligada ao mercado futuro. "O pessoal já vem trazendo posição vendida (no futuro) há um tempo. E quando a moeda veio para R$ 2,25 hoje, muita gente pode ter realizado", comentou.

Além disso, na quarta-feira, 18, sai a decisão de política monetária do Fed, o que traz certa cautela. "Não acredito em novidades que mudem a tendência do dólar. Com os leilões do BC, o dinheiro continua ingressando no mercado e, com o cenário um pouco mais calmo, a queda é favorecida", comentou Waldir Kiel, economista da corretora H. Commcor DTVM.

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