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Dólar abre próximo à estabilidade nesta 5ª feira

De modo geral, os investidores estão em compasso de espera por novidades da cúpula de dois dias da União Europeia

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 10h21.

O dólar no mercado de câmbio doméstico abriu praticamente estável, alinhado com o comportamento da moeda norte-americana no exterior. Lá fora, o euro exibe baixa moderada ante o dólar em meio a expectativas em torno da reunião de Cúpula da União Europeia. Já o dólar oscila pouco em relação a algumas moedas correlacionadas com commodities, depois que o PIB da China no terceiro trimestre ficou em linha com as previsões.

De modo geral, os investidores estão em compasso de espera por novidades da cúpula de dois dias da União Europeia, que começa nesta quinta-feira em Bruxelas, disse um operador de câmbio de um banco.

Na China, como o crescimento no terceiro trimestre ficou dentro do esperado, o Banco do Povo da China (PBOC, em Inglês) retirou US$ 35 bilhões do sistema financeiro hoje, pela primeira vez em quase um mês, porque as condições de liquidez melhoraram após grandes injeções de dinheiro nas semanas anteriores. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês aumentou 7,4% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas. A alta marcou uma desaceleração da expansão de 7,6% no segundo trimestre e ficou em linha com as previsões dos 14 economistas ouvidos pela Dow Jones.

No mercado brasileiro, a tendência é de que o dólar oscile pouco, pelos menos na primeira parte da sessão. A percepção de alguns operadores é de que o espaço de queda está bem limitado, porque na quarta-feira (17) a moeda à vista no balcão já encerrou bem perto de R$ 2,03, cotada a R$ 2,0310, com recuo de 0,25%.

O patamar de R$ 2,03 vem sendo defendido informalmente pelo mercado desde o último dia 5 de outubro, quando o Banco Central fez leilão de swap cambial reverso pela última vez. Nesse mesmo dia, o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luis Awazu Pereira da Silva, alertou que o risco de ruptura no exterior diminuiu, mas a economia mundial está passando por um "processo longo e penoso de desalavancagem" e a perspectiva é de um longo período de "crescimento medíocre" nas principais economias.

Essas declarações reforçaram o sentimento no mercado de que o governo deseja ajustar para cima tanto o piso informal do dólar quanto o seu teto, explicou um experiente operador de um banco. O objetivo de ampliar gradualmente a desvalorização do real é o de aumentar a competitividade das exportações brasileiras para melhorar o desempenho da balança comercial e também do fluxo cambial do País, que está negativo em outubro até o dia 11, em cerca de US$ 1,3 bilhão, disse o economista de uma corretora.


No mercado à vista, o dólar abriu há pouco a R$ 2,0320, com leve alta de 0,05 (máxima). A mínima, até 9h30, era de R$ 2,0310, estável.

Na BM&FBovespa, o dólar futuro para novembro de 2012 começou a ser negociado a R$ 2,0370, estável. Até 9h31, esse vencimento oscilou entre mínima de R$ 2,0345 (-0,12%) e máxima de R$ 2,0375 (+0,03%).

Em Nova York, nesse mesmo horário, o euro estava em US$ 1,3103, de US$ 1,2950 no fim da tarde de quarta-feira (17). O dólar norte-americano estava quase estável ante o dólar australiano (-0,02%) e tinha leves altas em relação ao dólar canadense (+0,21%) e o dólar neozelandês (+0,18%).

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