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Otimismo sobre pacote americano dá lugar à dúvida e dólar fecha estável

Nancy Pelosi e Steven Mnuchin retomam negociações sobre pacote de estímulos, mas não conseguem chegar a uma definição

Dólar sobe 0,05% e encerra cotado a 5,614 reais (Yuji Sakai/Getty Images)

Dólar sobe 0,05% e encerra cotado a 5,614 reais (Yuji Sakai/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de outubro de 2020 às 09h29.

Última atualização em 21 de outubro de 2020 às 17h56.

Depois de permanecer a maior parte do pregão desta quarta-feira, 21, em queda contra o real, o dólar voltou a ganhar força nos instantes finais do pregão e fechou próximo da estabilidade (+0,05%), cotado a 5,614 reais. No mercado, o otimismo sobre um acordo em torno do pacote de estímulo americano começa a dar lugar às dúvidas, sem novidades sobre o tema. Apenda gratuitamente a operar minicontratos na bolsa.

Após adiar o prazo final para um acordo, alegando que o processo legislativo “leva muito tempo”, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, retomou as conversas sobre o pacote com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Mas, novamente, não chegaram a nenhuma definição.

"A gente tem sinalizações da Pelosi de que deve sair um pacote ao redor de 2 trilhões de dólares. Depois vem bancos avaliação de bancos de que talvez não seja provável a aprovação do pacote antes das eleições. Então a gente fica vulnerável a esse noticiário em torno dos estímulos", comenta Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.

 

Além do andamento das negociações sobre o pacote americano, o mercado interno esteve atento às movimentações de Brasil. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que tem pressa para colocar em pauta medidas de corte de gastos. Segundo ele, a crise “está muito mais perto, o prazo é curto e não se tomou a decisão até agora do que fazer”.

O corte de gastos seria a solução encontrada para viabilizar o programa assistencialista Renda Cidadã, que deve voltar a ser discutido após as eleições municipais.

“O cenário interno deu uma apaziguada. Como os políticos vão empurrar tudo para depois das eleições, fica praticamente sem notícia [política] ruim. A tendência é o dólar recuar um pouco pela falta de notícia”, comenta Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

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