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Dólar cai ante real após corte na Selic

O recuo da moeda também era favorecido pela regularização de recursos de brasileiros no exterior

Dólar: às 11:35, o dólar recuava 0,27 por cento, a 3,1606 reais na venda

Dólar: às 11:35, o dólar recuava 0,27 por cento, a 3,1606 reais na venda

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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 10h19.

Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 14h37.

São Paulo - O dólar caía ante o real nesta quinta-feira, pelo terceiro pregão seguido, em reação ao corte de 0,25 ponto percentual da Selic pelo Banco Central na véspera, ainda mantendo a taxa básica de juros em patamares bastante atrativos ao investidor estrangeiro.

Às 11:35, o dólar recuava 0,27 por cento, a 3,1606 reais na venda, depois de acumular queda de 1,20 por cento nos dois pregões anteriores. O dólar futuro cedia cerca de 0,25 por cento.

"A decisão do BC é benéfica... A taxa de juros brasileira é alta e bastante atrativa", comentou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

Na noite passada, o BC reduziu a taxa básica de juros a 14 por cento ao ano, em decisão unânime e ainda uma das maiores do mundo, no primeiro corte desde 2012 diante do cenário de menor inflação e com a atividade econômica ainda sem dar sinais consistentes de recuperação.

Apesar de falar em movimento moderado e gradual, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deixou aberta a possibilidade de acelerar em breve o ritmo de corte deste ciclo de afrouxamento iniciado agora, desde que veja maior desinflação do setor de serviços e mais avanços no ajuste fiscal.

Embora o mercado majoritariamente esperasse redução da Selic em 0,25 ponto, havia grandes apostas de corte de 0,50 ponto percentual na véspera.

O recuo da moeda também era favorecido pela regularização de recursos de brasileiros no exterior, cujo prazo encerra em 31 de outubro e tem potencial para aumentar o fluxo de entrada ao país.

Na véspera, a Receita Federal informou ter recebido cerca de 9,2 mil declarações no programa de regularização de ativos no exterior, somando 61,3 bilhões de reais em recursos regularizados e 18,6 bilhões de reais em impostos e multas.

O Banco Central vendeu nesta manhã o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.

 

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