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Dólar tem forte queda com esperança de reforma administrativa

Presidente Jair Bolsonaro afirma que irá entregar projeto ainda nesta semana; mercado vê queda de risco fiscal, caso agenda de reformas volte a andar

Dólar cai 1,7% e fecha cotado a 5,385 reais (Gary Cameron/Reuters)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 1 de setembro de 2020 às 17h00.

Última atualização em 1 de setembro de 2020 às 17h03.

O dólar caiu 1,7% e encerrou sendo vendido por 5,385 reais nesta terça-feira, 1, após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que irá entregar ao Congresso o projeto da reforma administrativa ainda nesta semana. O cenário externo positivo também ajudou, com os dados da China aumentando otimismo sobre a recuperação econômica mundial.

O anúncio da entrega do projeto ocorreu ainda pela manhã,  junto com a apresentação do auxílio emergencial, que será de 300 reais e se manterá até o fim do ano, como já esperado. O projeto deve prever o fim da estabilidade de servidores e a possibilidade de redução de salários, mas só irá valer para os próximos funcionários públicos. "É indispensável que a gente tenha êxito no avanço da agenda de reformas, não apenas administrativa, para corrigir essa percepção de que a a gente vai ter um problema fiscal em breve, já que a reforma da previdência não foi suficiente", afirma Fernando Bergallo, presidente da FB Capital.

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Segundo ele, essas reformas têm um fator "importantíssimo" para que investidores estrangeiros notem de que não haverá um colapso fiscal e que o Brasil irá se manter dentro do teto de gastos.

O mercado local também repercutiu o PIB brasileiro do segundo trimestre, que teve queda trimestral de 9,7% e anual de 11,4%. O destaque negativo ficou com o setor de comércio, com contração de 13% e de transporte, armazenagem e correio, com baixa de 19,3%. Embora evidenciem os estragos causados pelo período de quarentenas mais rígidas na economia, os números ficaram dentro do esperado.

 

No exterior, o dólar se desvalorizou contra as principais moedas emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo e a rúpia indiana, após o índice de gerente de compras (PMI) industrial Caixin da China referente ao mês de agosto ficar em 53,1 pontos. Acima dos 50 pontos que delimitam a expansão da contração da atividade, o dado ficou melhor do que os 52,6 pontos esperados e bateu a maior marca em quase 10 anos.

Na Europa, os PMIs também saíram acima dos 50 pontos, confirmando a expectativa de recuperação da economia do Velho Continente. Na Alemanha, o PMI industrial ficou em 52,2 pontos e no Reino Unido, em 55,2 pontos.

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