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Dólar à vista abre em alta de 0,52%, a R$ 1,732

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,52%, negociado a R$ 1,732 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira, a moeda americana subiu 0,35% e foi cotada a R$ 1,723 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista […]

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 09h13.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,52%, negociado a R$ 1,732 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira, a moeda americana subiu 0,35% e foi cotada a R$ 1,723 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em alta de 0,46%, a R$ 1,731.

O Brasil conseguiu o aval do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) para adotar novas medidas de controle cambial, mas talvez nem precise delas agora. Enquanto o encontro dos líderes das maiores economias do planeta ocorria, a China foi apresentando novos dados de sua economia aquecida, ao mesmo tempo em que tomou medidas para esfriar a atividade e controlar o fluxo de capitais estrangeiros para o país, criando expectativas de mais medidas no curto prazo. Na Europa, houve uma piora da situação da crise das dívidas soberanas, com Irlanda e Portugal na berlinda. No Brasil, o dólar conseguiu engatar uma trajetória de alta que levou o BC brasileiro a diminuir os leilões diários de compra no mercado à vista de dois para um.

"O fluxo está pequeno e no início do mês o BC comprou cerca de US$ 1 bilhão a mais do que entrou. Por isso diminuíram as intervenções. Mas não temos dúvidas de que (o BC) voltará a intensificar as compras se achar necessário", disse um operador.

Além da perspectiva de aperto monetário na China e do acirramento dos problemas da dívida em Portugal e na Irlanda, para a diretora de Câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, o dólar parece ter interrompido a tendência de enfraquecimento em relação às moedas das principais economias desenvolvidas, na medida em que o mercado se dá conta de que o desempenho econômico da zona do euro, do Reino Unido e do Japão não será necessariamente melhor que o dos Estados Unidos. "Nesse cenário, os mercados de câmbio devem manter pelo menos parte da desvalorização frente ao dólar vista na semana passada", acredita.

Ela estima que, no Brasil, com esse cenário e a perspectiva de que, se necessário, o governo tomará novas medidas para forçar uma desvalorização do real, o dólar deve se manter acima do patamar de R$ 1,70. Em sua avaliação, a faixa de negociação da moeda norte-americana, no momento, é de R$ 1,71 a R$ 1,74, mais perto do piso ou do teto conforme a moeda americana esteja mais ou menos valorizada ante as demais divisas.

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