DI sobe e diminui apostas em 0,75 com IPCA e Tombini
A sinalização do Banco Central de que os juros terão “ajustes moderados” também ajuda a pressionar a projeção de juros
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2011 às 10h55.
São Paulo - Os juros nos mercados futuros sobem nos contratos mais negociados após a inflação ao consumidor em setembro ter superado o teto da meta do governo pelo sexto mês seguido, amenizando as apostas em cortes mais acelerados da taxa básica. A sinalização do Banco Central de que os juros terão “ajustes moderados” também ajuda a pressionar.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 12 pontos-base, para 10,48 por cento, às 9:48, enquanto a taxa de janeiro de 2012 avançava 2,9 pontos, para 11,20 por cento. Contratos mais longos estão em baixa. As bolsas externas sobem, após indicador de emprego dos Estados Unidos ter superado as estimativas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo acelerou para 0,53 por cento em setembro, ante 0,37 por cento em agosto, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A mediana das estimativas de 51 economistas pesquisados pela Bloomberg apontava alta de 0,54 por cento. Em 12 meses, os preços subiram 7,31 por cento, mostrando a inflação acima do teto da meta de 6,5 por cento pelo sexto mês seguido.
O IPCA “limita a tese de corte de 0,75 ponto percentual”, disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria Integrada, em entrevista por telefone de São Paulo. “A maioria dos núcleos do IPCA estourou bem o teto da meta”.
“Ajustes moderados”
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que “ajustes moderados” na taxa básica de juro são consistentes com a inflação na meta em dezembro de 2012. A economia mostra sinais claros de desaceleração desde agosto, disse ele ontem a repórteres em evento em Brasília.
Os juros futuros subiram ontem após a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna ter acelerado em setembro ao maior nível em sete meses, e superado todas as estimativas de analistas, reduzindo as apostas em uma aceleração do corte da Selic para 0,75 ponto percentual.
A remarcação de preços tem se alastrado pela economia brasileira com tal força que as Notas do Tesouro Nacional série B já indicam aumento nas apostas em taxas de inflação acima da meta do governo, mostra hoje a coluna de renda fixa da Bloomberg.
“Crise aguda”
O Brasil acumulou condições para enfrentar uma “crise aguda”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao jornal Brasil Econômico.
Isso dá confiança ao País, disse Mantega ao jornal. “Se for preciso, teremos recursos fiscais para utilizar”, disse Mantega.
A contração da economia global abre a possibilidade de uma queda maior de juros do que se não houvesse a crise, disse Mantega ao Brasil Econômico. Cabe ao Banco Central julgar ou não a oportunidade de baixar a taxa de juros, disse ele na entrevista.
São Paulo - Os juros nos mercados futuros sobem nos contratos mais negociados após a inflação ao consumidor em setembro ter superado o teto da meta do governo pelo sexto mês seguido, amenizando as apostas em cortes mais acelerados da taxa básica. A sinalização do Banco Central de que os juros terão “ajustes moderados” também ajuda a pressionar.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 12 pontos-base, para 10,48 por cento, às 9:48, enquanto a taxa de janeiro de 2012 avançava 2,9 pontos, para 11,20 por cento. Contratos mais longos estão em baixa. As bolsas externas sobem, após indicador de emprego dos Estados Unidos ter superado as estimativas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo acelerou para 0,53 por cento em setembro, ante 0,37 por cento em agosto, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A mediana das estimativas de 51 economistas pesquisados pela Bloomberg apontava alta de 0,54 por cento. Em 12 meses, os preços subiram 7,31 por cento, mostrando a inflação acima do teto da meta de 6,5 por cento pelo sexto mês seguido.
O IPCA “limita a tese de corte de 0,75 ponto percentual”, disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria Integrada, em entrevista por telefone de São Paulo. “A maioria dos núcleos do IPCA estourou bem o teto da meta”.
“Ajustes moderados”
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que “ajustes moderados” na taxa básica de juro são consistentes com a inflação na meta em dezembro de 2012. A economia mostra sinais claros de desaceleração desde agosto, disse ele ontem a repórteres em evento em Brasília.
Os juros futuros subiram ontem após a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna ter acelerado em setembro ao maior nível em sete meses, e superado todas as estimativas de analistas, reduzindo as apostas em uma aceleração do corte da Selic para 0,75 ponto percentual.
A remarcação de preços tem se alastrado pela economia brasileira com tal força que as Notas do Tesouro Nacional série B já indicam aumento nas apostas em taxas de inflação acima da meta do governo, mostra hoje a coluna de renda fixa da Bloomberg.
“Crise aguda”
O Brasil acumulou condições para enfrentar uma “crise aguda”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao jornal Brasil Econômico.
Isso dá confiança ao País, disse Mantega ao jornal. “Se for preciso, teremos recursos fiscais para utilizar”, disse Mantega.
A contração da economia global abre a possibilidade de uma queda maior de juros do que se não houvesse a crise, disse Mantega ao Brasil Econômico. Cabe ao Banco Central julgar ou não a oportunidade de baixar a taxa de juros, disse ele na entrevista.