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Dança das cadeiras na MMX afeta o desempenho das ações

Empresa teve 3 CEOs em três anos e meio e 5 CFOs em quatro anos


	A última alteração no alto escalão foi divulgada na sexta-feira
 (Stock.Xchange)

A última alteração no alto escalão foi divulgada na sexta-feira (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 15h33.

São Paulo – As mudanças na administração da MMX (MMXM3) desde a saída do controlador Eike Batista do comando da companhia podem começar a afetar as ações na bolsa, avalia um relatório do HSBC Global Research. Pela porta giratória da diretoria da mineradora passaram três CEOs (Chief Executive Officer) em três anos e meio e cinco CFOs (Chief Financial Officer) em quatro anos.

A última alteração no alto escalão foi divulgada na sexta-feira após o fechamento dos mercados. Carlos Gonzalez foi nomeado presidente e diretor de relações com investidores no lugar de Guilherme Escalhão. Desde 2005, ano de criação da EBX, ele ajudava o em projetos da MMX. Saiu em 2008 para ocupar a posição de chefe de operações no projeto Minas-Rio da Anglo American e voltou ao grupo de Eike em 2011 para o cargo de diretor de mineração da holding.

“Essa mudança na administração não era de forma alguma esperada pelo mercado e acreditamos que será recebida negativamente”, avaliam Jonathan Brandt e Miguel Falcão, analistas do HSBC, em relatório. As ações operam em queda nesta segunda-feira e acumulam uma desvalorização de quase 11% em 2013.

“A nosso ver, mudanças contínuas na administração exercem efeito negativo sobre a execução do projeto, sendo o exemplo mais recente o atraso de seis meses no Superporto Sudeste, adiado para o final de 2013”, ressaltam Brandt e Falcão. A recomendação aos papéis é neutral, com um preço-alvo de 4,50 reais.

"Vemos a notícia como ruim para MMX que vem enfrentando dificulades de atingir cronograma de entrega de novos projetos. As recentes trocas ocorridas no principal cargo da companhia geram dúvidas e incertezas no mercado e esperamos ver reação negativa do mercado", ressalta Felipe dos Reis, analista do Santander, em relatório. O banco tem recomendação de manutenção, com um preço-alvo de 4,70 reais.

O Superporto Sudeste, que está sendo construído desde julho de 2010 em Itaguaí, a 80 km da cidade do Rio de Janeiro e a 2,3 Km da linha férrea da MRS, é uma das principais apostas para alavancar o crescimento da empresa. A unidade irá eliminar a necessidade de exportação via a estrutura da CSN (CSNA3) e irá reduzir em 36% os custos de operação portuária. 

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