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CVM considera como fraudulenta compra da GVT por Vivendi, diz jornal

Valor Econômico noticiou nesta terça-feira que a transação foi considerada fraudulenta e que houve falha na comunicação da Vivendi com os investidores

Mesa da operações da GVT, em Curitiba, no Paraná: empresa comprada pela Vivendi é alvo das investigações da CVM. (.)

Mesa da operações da GVT, em Curitiba, no Paraná: empresa comprada pela Vivendi é alvo das investigações da CVM. (.)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2010 às 10h03.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo administrativo contra a Vivendi, acusando a empresa de irregularidades na compra da operadora brasileira de telecomunicações GVT, publicou um jornal nesta terça-feira.

O processo administrativo, segundo o jornal Valor Econômico, foi aberto após a CVM ter concluído que, mesmo usando brechas da legislação brasileira, a transação foi fraudulenta. A Vivendi também é acusada de falha de comunicação aos investidores, "que resultou em manipulação de mercado", segundo o jornal.

Representantes da autarquia não comentaram imediatamente o assunto. Procurada pela Reuters, a Vivendi não retornou imediatamente as tentativas de contato. Caso fique provado que houve fraude na compra da operadora pelo grupo francês, a Vivendi pode ser condenada a pagar multa de até 50 por cento do valor da transação. Segundo o jornal, esse valor pode variar de cerca de 700 milhões de reais a mais de 3 bilhões de reais.

Em novembro passado, a Vivendi surpreendeu o mercado ao divulgar que havia garantido o controle da GVT por meio de acordo com os controladores da empresa brasileira e contratos irrevogáveis de opção de compra das ações da GVT. A Vivendi se dispôs a pagar 56 reais por ação da GVT, depois de ter inicialmente oferecido 42 reais.

A Telefónica, por meio da subsidiária brasileira Telesp, entrou na briga e propôs pagar 50,50 reais por ação da GVT no começo de novembro, quando muitos imaginaram que a disputa estava encerrada.

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